Tratamentos alternativos e peliculização de sementes de milho para controle de Sitophilus zeamais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Portolan, Isis Bruna
Orientador(a): Bonome, Lisandro Tomas da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável
Departamento: Campus Laranjeiras do Sul
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3897
Resumo: O milho é um dos principais cereais cultivados no mundo, é o segundo grão mais produzido no território brasileiro e sua semente é importante não apenas pela sua produção anual, mas também pelo relacionamento com a produção agrícola brasileira. Em pequenas propriedades rurais, as sementes de milho costumam ser armazenadas após a colheita para semeadura futura, porém tais sementes, normalmente são armazenadas com baixo ou nenhum controle de sanidade, apresentando elevado potencial para infestação de pragas, tais como de Sitophilus zeamais MOTS. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da peliculização e de diferentes produtos de origem vegetal no controle do gorgulho do milho (Sitophilus zeamais) e sua influência na qualidade fisiológica de sementes de milho. Para tanto, este trabalho foi dividido em dois capítulos. O delineamento experimental utilizado no primeiro capítulo foi o inteiramente casualizado (DIC), em esquema bifatorial, 5 x 4, sendo cinco derivados vegetais (Pimenta do reino (Piper nigrum), Pinus (Pinnus elliottii), Mamona (Ricinus communis), Eucalipto (Corymbia citriodora) e Canela (Cinnamomum zeylanicum) e quatro concentrações (0, 2, 4 e 6 g.kg-1 de sementes). As avaliações foram realizadas aos dois (tempo zero) e aos trinta dias (tempo 30) após o tratamento das sementes, sendo realizados os testes de umidade, germinação, mortalidade e repelência de insetos. A pimenta do reino foi eficaz para o controle de S. zeamais e sua toxicidade aos insetos é diretamente proporcional ao aumento da concentração de aplicação nas sementes de milho. A pimenta do reino e a mamona apresentaram ação repelente ao S. zeamais independentemente do tempo de armazenamento das sementes e da concentração do produto utilizado. A mamona na concentração de 4 g.kg-1 de sementes prejudicou a qualidade fisiológica das sementes de milho. No capítulo 2 avaliou-se a eficiência da peliculização e de diferentes pós de pimenta na repelência e no controle do gorgulho do milho e sua influência na qualidade fisiológica das sementes durante o armazenamento. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, adotando-se o esquema trifatorial 5 x 4 x 2 e um adicional. Os tratamentos foram Pimenta do reino (Piper nigrum L.), Pimenta caiena (Capsicum annuum L.) Pimenta Jamaica (Pimenta dioica L.), Pimenta dedo de moça (Capsicum baccatum L.) e testemunha, quatro períodos de avaliação (0, 45, 90 e 135 dias), com e sem peliculização e um tratamento adicional (inseticida químico – Gastoxin® B57), com quatro repetições. Foram realizados bioensaios para avaliação da qualidade fisiológica das sementes, de infestação, repelência e mortalidade de insetos. O uso da peliculização prejudicou o efeito inseticida dos pós vegetais contribuindo para o aumento da infestação de insetos e por conseguinte redução da qualidade fisiológica das sementes durante o armazenamento. Os tratamentos com pimenta do reino e pimenta dedo de moça não prejudicaram a qualidade fisiológica das sementes durante o armazenamento. Os tratamentos que causaram maior mortalidade dos insetos foram pimenta do reino e pimenta jamaica, sem peliculização. No entanto, se faz necessário maiores estudos sobre dosagem, forma de utilização e período de armazenamento.