Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
GAMA, Ana Maria Cardoso de Freitas |
Orientador(a): |
JUCÁ, José Fernando Thomé |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38724
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Resumo: |
As mudanças climáticas, suas causas e consequências são reconhecidas pela comunidade científica, governos, setor privado e a população em geral, que admitem a necessidade de reduzir as emissões, devido ao aquecimento global. A gestão de resíduos sólido urbano (RSU) gera gases de efeito estufa (GEE), diretamente pelas emissões do processo ou indiretamente através do transporte e do consumo de energia. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climática (IPCC) aponta o setor de resíduos como potencial emissor pela geração do gase metano (CH4), que é até 28 vezes maior do que o dióxido de carbono (CO2). Esta pesquisa objetivou avaliar a contribuição do setor de resíduos na Região Metropolitana do Recife (RMR) às emissões de GEE e definição de cenários de mitigação para cumprimento da Contribição Nacional Determinada (NDC) brasileira, fruto do Acordo de Paris. Para tanto realizou-se uma pesquisa exploratória, iniciando-se por uma revisão literária, seguida por análise documental, levantamento de dados requisitado para utilização do modelo do IPCC (2006). Foram realizadas visitas técnicas e entrevistas com gestores municipais e com os responsáveis técnicos pelos locais de disposição dos RSU. A RMR tem uma área de 3.216.262 km², uma população estimada de 4.054.866 habitantes, geração de 3.657.650,36 kg/dia de resíduos e composta por 15 municípios. Estimou-se que no período estudado foram emitidas 25,4 milhões de tCO2e, dos quais 49% são provenientes da cidade do Recife, 15% de Jaboatão dos Guararapes, 13% de Olinda, e 23% dos 12 demais munícipios. Em uma análise comparativa entre os valores absolutos definidos para NDC brasileira e aqueles encontrados nos cenários de mitigação, observou-se que seriam evitadas aproximadamente 36 milhões de tCO2e, pela disposição de RSU na RMR, equivalente a 52% de redução nas emissões em 2030, superior aos 47% assumidos pelo país no Acordo de Paris em 2015. Se as políticas públicas e investimentos previstos nos cenários forem efetivados, a RMR atenderá a NDC Brasileira evitando emissões e contribuindo para redução das mudanças climáticas. |