Ao rés da ausência : sobre vozes, subalternidades e contadoras em Maria Valéria Rezende
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39034 |
Resumo: | A escritura de Maria Valéria Rezende aponta para uma produção literária contemporânea marcadamente comprometida com a articulação social da diferença, da perspectiva dos grupos subalternos. Tendo em vista uma literatura interessada na emergência de hibridismos que revelam os movimentos históricos e culturais da sociedade, a escritora materializa em sua obra as axiologias (BAKHTIN, 1997) de uma escrita marcada pelo ato do dizer como uma ação experienciada (BENJAMIN, 1994) no próprio interior da sociedade. Neste trabalho, nos dedicaremos a pensar na utilização da voz contadora de histórias como um recurso discursivo nos romances Quarenta Dias (REZENDE, 2014), Ouro dentro da cabeça (REZENDE, 2016a) e Outros cantos (REZENDE, 2016b), observando que essa voz excede o plano do conteúdo e ocupa o plano da estrutura de modo performativo (ZUMTHOR, 2007). Para tanto, nos valemos da “estilística sociológica” proposta por Bakhtin como método de análise dos romances, partindo do pressuposto de que a linguagem do romance reflete as relações do ser com o mundo social; e que o ser humano é um ser de linguagem localizado no tempo e na história. |