A verdade na obra de arte como superação da metafísica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SOUZA, Rhaissa Santos de
Orientador(a): SENA, Sandro Márcio Moura de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Filosofia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55900
Resumo: Desde Ser e Tempo, de 1927, Martin Heidegger mostrou que a motivação de suas investigações é a busca pelo sentido do ser, questão essa que, segundo ele, foi posta de lado pelo pensamento tradicional que se dirigiu apenas ao ser dos entes, indagando o que eles são, mas sem perguntar o que é ser. Em 1936, já após a “viragem”, o pensador realizou uma série de conferências que foram reunidas no texto A origem da obra de arte, escrito em 1936, no qual ele apresenta indicações para um possível conceito de obra de arte e como a verdade nela pode ser desvelada. Por meio da revisão bibliográfica das obras heideggerianas e com o apoio de textos de comentadores nas línguas portuguesa, espanhola e inglesa, analisa-se, neste trabalho, o caminho percorrido por Heidegger para poder afirmar a possibilidade do acontecimento do ser em uma obra de arte a partir da noção de verdade ontológica, visando à superação da metafísica que esqueceu o ser. Serão analisadas críticas feitas a essa afirmação, especialmente a de Meyer Schapiro, e apontada a sua pouca distância da metafísica tal como compreendida por Heidegger, como apontou Derrida. Para isso, serão apresentadas as noções de verdade, de arte e de ser desenvolvidas por Heidegger desde Ser e Tempo até Contribuições à Filosofia, escrito em 1938, a fim de demonstrar que a verdade do ser como a dinâmica entre ocultamento e desvelamento corresponde à relação mundo-terra apresentada em A origem da obra de arte - o que poderá ser vislumbrado através de passos fenomenológicos indicados pelo pensador.