Biomonitoração de urânio e tório em moradores de áreas anômalas e adjacentes do estado da Paraíba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SANTOS, Nandízia Fernanda Tavares dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18341
Resumo: A elevada concentração de urânio e tório no meio ambiente possibilita maior exposição do homem aos radionuclídeos naturais, necessitando assim, de avaliação devido aos riscos potenciais à saúde humana. No estado da Paraíba, no município de São José de Espinharas, encontra-se uma reserva de urânio, expondo, assim, seus habitantes. Amostras biológicas como cabelo e sangue podem ser utilizadas como bioindicadores para populações expostas, natural ou ocupacionalmente. O presente estudo visou a biomonitoração desses elementos em humanos, através de amostras de cabelo e sangue utilizando o ICP-MS. As concentrações sanguíneas dos doadores apresentaram-se bastante reduzidas, inferiores ao limite de detecção (0,001µg. g-1) para a metodologia proposta. Entretanto, as concentrações de urânio e tório no cabelo para os habitantes de São José de Espinharas variaram de 3,27 a 191,50 µg.g-1 e 0,30 a 9,44 µg.g-1, com médias de 20,73 µg.g-1 e 3,72 µg.g-1, respectivamente. Foram avaliados também, municípios adjacentes, sendo eles: São Mamede, São José do Sabugi e Patos. Os intervalos de concentração e as médias encontradas foram: para urânio de 10,10 a 337,20 µg.g-1 (187,24 µg.g-1 ), 17,87 a 362,38 µg.g-1 (120,90 µg.g-1 ) e 4,08 a 0,30 µg.g-1 ( 7,31 µg.g1 ); e para tório de 0,05 a 21,01 µg.g-1 (5,45 µg.g-1), 0,08 a 6,41 µg.g-1 (2,08 µg.g-1), 0,23 a 7,23 µg.g-1 (4,09 µg.g-1), respectivamente. A média geral do referido estudo foi de 68 µg.g-1 para urânio, e 3,61 µg.g-1 para o tório. Indivíduos cujas concentrações de urânio encontram-se inferiores a 100 µg.g-1 podem ser considerados como não expostos. Demonstrando este fato, os resultados de urânio e tório sérico, indicaram ausência desses elementos na corrente sanguínea. Entretanto, em amostras de cabelo, alguns doadores apresentaram concentrações superiores a este valor, necessitando assim de avaliações adicionais em matrizes diferentes, para testes confirmatórios. Concentrações de tório em cabelo são pouco pesquisadas, não havendo valores para referência. Sugerem-se análises das águas e alimentos para maiores esclarecimentos da exposição e possível intoxicação, visto que, são fontes importantes de contaminação.