Trajetórias acadêmicas : os desafios do ingresso e permanência no ensino superior estadual e federal em Recife - PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SILVA, Nayara Kelly de Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/53298
Resumo: As transições educacionais compõem as chaves de análise de desigualdade educacionais. Diante das desigualdades estruturais socioeconômicas, ingressar e permanecer no ensino superior se torna uma árdua tarefa para indivíduos negros e pobres. Com as recentes mudanças decorrentes da aplicação de ações afirmativas no ensino público superior, essa pesquisa se propõe a observar e analisar em contextos macro e microestruturais as dificuldades envolvidas na permanência de estudantes no ensino superior, em específico de estudantes cotistas e/ou negros. Com a utilização de técnicas quantitativas e qualitativas, foram analisados os anos de 2015 a 2019 dos microdados do ENADE e foram entrevistados 13 estudantes, sendo 6 estudantes da UPE e 7 da UFPE, através das estatísticas descritivas e de modelos logísticos binários foram analisados os dados quantitativos. Os dados qualitativos foram codificados e analisados através da análise de conteúdo. Os resultados obtidos demonstram uma permanência em condições de desigualdade prévias ao ingresso no ensino superior, há uma ocupação diferenciada de negros e mais pobres a depender do prestígio e da área do curso de graduação. As oportunidades acadêmicas são ocupadas também de forma diferente, visto que monitorias e extensão são mais propensas a terem alunos cotistas e beneficiados com auxílio de políticas de permanência estudantil, do que oportunidades de PIBIC e estágio. Por fim, os resultados qualitativos demonstram uma comum percepção entre os estudantes sobre um “não pertencimento” ao ensino superior até o encontro de referenciais negros e da formação de vínculos afetivos na universidade.