Desenvolvimento e caracterização de filmes de poli (butileno adipato co- tereftalato) aditivados com óleo essencial de manjericão para aplicação em embalagens ativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SOUZA, Grasielly Karine Martins de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Engenharia Quimica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49331
Resumo: Materiais plásticos apresentam diversas vantagens como resistência química e mecânica, leveza, capacidade de impressão, baixo custo e podem ser utilizados como embalagens de alimentos. Entretanto, materiais plásticos sintéticos são derivados de fontes não renováveis, como o petróleo, e, na sua maioria, não são biodegradáveis. Portanto, eles são ambientalmente prejudiciais e seu uso é restrito para evitar desastres ambientais. Os problemas causados pelo descarte de materiais não-biodegradáveis têm levado muitos pesquisadores a desenvolverem pesquisas com materiais biodegradáveis com características que permitem o seu uso como embalagens em escala comercial. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi produzir embalagens ativas biodegradáveis. Para isso, foram desenvolvidos filmes de PBAT por casting aditivados com óleos de manjericão exótico (OME) ou verde (OMV) e filmes por extrusão com adição de OME. Por teste de disco-difusão houve formação de halo de inibição utilizando tanto o OME como o OMV frente às bactérias E. aerogenes, E. coli e S. aureus. Para os filmes produzidos por casting, por calorimetria diferencial exploratória (DSC), o OME alterou menos as características térmicas do PBAT do que o OMV e retardou o processo de cristalização, o que favorece no processamento por extrusão, evitando assim, que o polímero cristalize precocemente, produzindo peças defeituosas. Por análise termogravimétrica (TGA), as temperaturas de degradação do PBAT não foram alteradas com a adição dos óleos. O comportamento mecânico observado após a adição dos óleos foi menos prejudicado pela adição do óleo de manjericão exótico. Para os filmes extrudados aditivados com OME 5% m/m, a adição do óleo diminuiu a temperatura de cristalização, retardou o processo de cristalização do PBAT e aumentou o grau de cristalinidade. O incremento na concentração do OME 1% m/m não alterou significativamente as propriedades mecânicas em relação ao PBAT puro, porém a concentração de OME 5% m/m tornou o filme menos resistente. A concentração do OME 5% m/m aumentou a opacidade do filme, porém o filme ainda pode ser considerado transparente. No ensaio de migração, o óleo de manjericão exótico presente nos filmes de PBAT migraram para todos os meios simulantes avaliados (ácido, alcoólico e neutro), sendo a migração mais intensa para os filmes com um maior percentual do óleo. No teste da embalagem no queijo muçarela, houve inibição do crescimento da S. aureus durante 6 dias de armazenamento em geladeira, confirmando a sua atividade antimicrobiana. Diante disso, aliando a biodegradabilidade do polímero e a capacidade antimicrobiana do óleo, pode-se sugerir que filmes extrudados aditivados com óleo de manjericão exótico (OME) podem ser uma alternativa para aplicação desse material como embalagem ativa para queijo muçarela.