Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Iwelton Madson Celestino |
Orientador(a): |
Pereira, Eugênia Cristina Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11024
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Resumo: |
Cabe ao geógrafo buscar entender os elementos do ecossistema e sua complexa relação com o meio. A humanidade, em seu processo adaptativo, desenvolveu mecanismos que acabaram interferindo diretamente na qualidade de vida de diversos organismos vivos. Com capacidade física relativamente moderada e estrutura corpórea mediana, para os padrões do planeta, o Homo sapiens sapiens teve que criar meios de locomoção rápida e eficiente. Após um longo processo de desenvolvimento tecnológico, o surgimento dos automóveis pareceu resolver, de forma satisfatória, o problema de locomoção. Porém, a fonte de energia desses meios de transporte se converteu num novo problema, uma vez que sua distribuição geográfica é limitada. Hoje, a esta questão de ordem logística e econômica adicionam-se questões referentes à qualidade do ar. Buscando diminuir a dependência econômica desses combustíveis e, como consequência, diminuir os impactos gerados por seu consumo excessivo, novos combustíveis foram desenvolvidos com a designação de renováveis. O mais recente expoente desse grupo é o biodiesel. Incrementos desse combustível em diesel de petróleo (petrodiesel) têm tentado diminuir a emissão de poluentes. Uma forma de mensurar e quantificar a quantidade de poluentes na atmosfera é o uso de elementos da biota como monitores das variações ambientais. Tal monitoramento se faz por meio da observação do comportamento e da fisiologia dos indivíduos estudados. Esse processo é conhecido como biomonitoramento. Dentre as diversas espécies que podem ser utilizadas para monitorar a presença de poluentes atmosféricos, está a Cladonia verticillaris (Raddi) Fr., espécie endêmica do Brasil e muito comum no Nordeste brasileiro. No presente estudo, objetivou-se avaliar a resposta biológica do líquen C. verticillaris a poluentes emanados por motor estacionário movido a biodiesel B5 (5% de biodiesel diluído em 95% de petrodiesel), em condições laboratoriais: analisando os teores de pigmentos fotossintéticos da espécie e como estes se comportam após exposição aos poluentes; analisando a produção de fenóis pela espécie, durante o período pós-exposição; avaliando a vitalidade celular após o experimento; e determinando se em períodos curtos de exposição o líquen já demonstra respostas negativas e danos consideráveis em sua estrutura. Para tal, se dividiu o material liquênico, coletado em áreas saudáveis, em três grupos: Experimental 1, Experimental 2 e Experimental 3. Decorridos 30 e 60 dias, as amostras foram submetidas à análise de clorofila e feofitina; produção fenólica; e avaliação da vitalidade celular: Vermelho Neutro e Azul de Evans. O grupo Experimental 3 só foi analisado após 30 dias. Ao final do estudo se percebeu que durante exposições por tempo igual ou superior a 15 minutos, o líquen varia metabolicamente, em função da distância da fonte poluidora; a produção de pigmentos foi afetada de forma significativa nas amostras expostas por 15 minutos; os tempos de 15 e 30 minutos do grupo Experimental 3 obtiveram uma taxa de vitalidade celular, bem baixa; a maior interferência na produção de fenóis ocorreu após 60 minutos de exposição, no grupo Experimental 3; e, embora o grupo Experimental 1 não tenha mostrado uma diminuição drástica na produção de seus pigmentos e fenóis, é possível indicar um decréscimo médio, quando comparado ao controle. Assim, é possível afirmar que a adição de 5% de biodiesel em petrodiesel mostrou-se incipiente, revelando, talvez, a necessidade de majoração desse percentual, para minimizar a emissão de compostos nocivos como o SO2 e eventuais danos a estruturas vivas. |