Efeitos de contaminantes sobre Cladonia verticillaris

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Bárbara Cibelli Gusmão da
Orientador(a): Pereira, Eugênia C.
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10402
Resumo: O crescimento econômico fundamentado na exploração indiscriminada dos recursos naturais resulta em transtornos ambientais que afetam diretamente a população. O desenvolvimento tecnológico mudou o estilo de vida da sociedade moderna, aumentando a necessidade do consumo de bens não duráveis que produzem grande quantidade de resíduos. Além disso, a queima de combustíveis fósseis, o uso compostos químicos como conservantes, desinfetantes e coagulantes, têm trazido inúmeros riscos a saúde humana. Desta forma o ambiente tem sido tema central de inúmeras discussões devido a sua importância para a manutenção da vida, levando a criação de leis no intuito de minimizar os danos a ele causados, porém estas leis necessitam de fiscalização, bem como um adequado monitoramento das fontes poluidoras. Este quando realizado com equipamentos torna-se muito oneroso, sendo o uso de indicadores biológicos mais barato e eficiente. Liquens são considerados monitores padrão em vários países e, no Nordeste do Brasil, a espécie Cladonia verticillaris tem desempenhado este papel com eficácia comprovada. Por esta razão, neste trabalho objetivou-se avaliar efeitos de contaminantes utilizados em processo de tratamento de água em grande parte do Brasil, bem como com composto encontrado em edificações com sistemas fechados de ventilação sobre a estrutura e metabolismo de C. verticillaris. Para isso o líquen foi submetido a Sulfato de Alumínio, Policloreto de Alumínio e Formaldeído em condições de laboratório. Durante e após o período de tratamento foram determinados os teores de pigmentos fotossintéticos, fenóis totais, e compostos principais da espécie. As amostras expostas ao formaldeído tiveram ainda observadas sua estrutura externa e integridade celular utilizando o azul de Evans (AE) e, a quantificação da vitalidade/mortalidade celular da alga pelo método do vermelho neutro. Os resultados obtidos revelaram uma diminuição na produção de clorofila, aumento na produção de fenóis totais, porém com interrupção da síntese do ácido fumarprotocetrárico (FUM), com acúmulo de produtos intermediários de sua síntese, sobretudo o ácido protocetrárico (PRO) e compostos degradados. Os estudos da estrutura externa do talo liquênico indicaram danos visíveis, intensamente corados com AE, alguns deles perceptíveis à vista desarmada. A avaliação da vitalidade celular da alga exibiu grande quantidade de células mortas nas amostras coletadas ao final do experimento, chegando a não serem encontradas células vivas em uma delas. As respostas encontradas na pesquisa confirmam dados encontrados na literatura, expressando os efeitos nocivos da exposição a poluentes amplamente utilizados nos dias atuais, sendo considerado o formaldeído o contaminante mais agressivo dentre os avaliados.