Adaptação transcultural da depression coping self-efficacy scale para uso no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: ROSAS, Marina Araújo
Orientador(a): LIMA, Murilo Duarte da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40685
Resumo: A depressão é um transtorno do humor caracterizada por sintomas físicos e emocionais, pode estar associada a diversas comorbidades e provocar incapacidade nos indivíduos, demandando um aumento na assistência profissional para as pessoas deprimidas. Dentre a sintomatologia depressiva estão as alterações na cognição e essa, influencia na autoeficácia, que é um construto referente à expectativa que um indivíduo tem sobre seu próprio desempenho em alcançar algum resultado esperado. A autoeficácia tem relação com a depressão e sua mensuração pode auxiliar na prática clínica, por isso, a Depression Coping Self-Efficacy Scale, instrumento que avalia a autoeficácia de pessoas no enfrentamento da depressão, foi selecionado para utilização na presente pesquisa, que tem como objetivo geral a adaptação transcultural da Depression Coping Self-Efficacy Scale para o contexto brasileiro. Para tanto, a pesquisa, com característica metodológica, foi composta por cinco etapas: traduções, síntese das traduções, retrotradução, revisão por um comitê de especialistas e pré-teste. As primeiras três etapas foram realizadas por profissionais contratados para tal finalidade e os membros da equipe de pesquisa. O comitê de especialistas, contou com a colaboração de cinco profissionais de áreas de interesse do estudo e o pré-teste, com uma amostra de 40 pessoas cujas características foram representativas do público-alvo da Depression Coping Self-Efficacy Scale. Como resultados, tem-se que a Depression Coping Self-Efficacy Scale foi traduzida e retraduzida satisfatoriamente, com boa avaliação, por parte do comitê de especialistas, apresentando as seguintes médias dos índices de concordância, em relação as equivalências: semântica (99,26), idiomática (100), experiencial (100) e conceitual (100). A média do Coeficiente de Validade de Conteúdo da clareza de linguagem, pertinência prática e relevância teórica foi de 0,94. A avaliação do comitê de especialistas ainda resultou em algumas mudanças na estrutura do texto dos itens do instrumento e a nova versão foi aplicada numa amostra de pré-teste, caracterizada por um público 90% feminino, com faixa etária dos 25 aos 59 anos (75%), cor parda (55%), grau de escolaridade entre 9 e 11 anos (55%), vínculo empregatício formal ou informal (52,5%) e renda familiar de até um salário mínimo (30%). Os resultados do pré-teste ainda permitiram a obtenção do Alfa de Cronbach (0,82) e da validade concorrente, revelando relação inversa entre os escores da Depression Coping Self- Efficacy Scale e o Inventário de Beck. Além disso, por meio da avaliação semântica da amostra pré-final, o instrumento foi avaliado e recebeu sugestões de mudanças que foram revistas pela equipe de pesquisa, com a mediação da pesquisadora principal. Conclui-se que o instrumento é de fácil aplicação e baixo custo, sendo satisfatório o processo de adaptação transcultural para o contexto brasileiro. A contribuição do estudo corresponde a utilidade clínica da escala, pelo potencial de colaborar com a prática dos profissionais da área da saúde mental, bem como, para finalidade de pesquisas, por ser uma ferramenta útil à investigação de cunho científico.