Avaliação da funcionalidade e integridade de cateteres angiográficos reprocessados
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Ciencia de Materiais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33278 |
Resumo: | O reprocessamento de dispositivos de uso único (DUUs) é uma prática utilizada mesmo em países desenvolvidos e na grande maioria daqueles em desenvolvimento, face ao elevado custo desse tipo de material. No Brasil, estudos sobre os efeitos causados sobre o reprocessamento desses materiais ainda é escasso. Visando isso, neste trabalho foi avaliado a degradação físico-química dos cateteres após a reutilização desses dispositivos de uso único (DUUs), após esterilizados por plasma de peróxido de hidrogênio. Os cateteres, reprocessados foram analisados através de Ensaios Mecânicos, onde as análises evidenciaram um aumento da resistência à tração, em função do aumento do número de reprocessamentos realizados nos cateteres. As alterações das propriedades mecânicas foram perceptíveis com o aumento do número de reprocessamentos, quando comparado ao cateter novo. Na análise da LUPA, observou-se que as modificações morfológicas dos cateteres angiográficos foram significativas e as superfícies internas e externas sofreram notáveis agressões, após serem reprocessados, em relação ao cateter novo. Na análise da Microscopia Ótica, observou-se o surgimento de microfissuras, formação de fendas e aumento da oxidação, gerando mecanismos de iniciação de falência do material, além da prevalência da rugosidade, porosidade, perda de material polimérico, alterações de coloração e desgaste das propriedades físicas, na estrutura dos cateteres reprocessados. Na análise da microscopia eletrônica de varredura (MEV), houve evidência da descamação polimérica das camadas dos cateteres, com o aparecimento de fendas desordenadas e mais alargadas, orifícios e pontos de ranhuras, reentrâncias, saliências profundas e difusas, além de micro furos, depressões desordenadas nas fibras poliméricas e rugosidade mais acentuada, comparado ao cateter novo. Na análise da Espectroscopia no Infravermelho (FTIR), a absorção na região de carbonilas ligadas aumentou, com o desenvolvimento do processo de degradação oxidativa de blendas de poliuretano e foi evidenciada a formação de ligações cruzadas, em relação à cisão de cadeias. Notou-se com a Análise dos Componentes Principais (ACP) que houve a separação das amostras do cateter novo em relação aos reprocessados, indicando alteração na estrutura do cateter após o reprocessamento. Na Análise da Termogravimetria (TGA), não foi observado uma grande alteração nas temperaturas de degradação, entre as amostras do cateter novo e os reprocessados, entretanto, houve uma pequena diminuição na temperatura de degradação do material, quando esterilizado por plasma de peróxido de hidrogênio, isso pode estar relacionado aos novos compostos que são gerados, após as etapas do reprocessamento, evidenciando mais uma vez, alterações na estrutura química do cateter. As modificações da morfologia e das estruturas moleculares dos polímeros foram evidenciadas a partir do reprocessamento e revelaram que os cateteres no 1º, 2º, 3º e 7º reprocessamentos apresentaram características diferentes do cateter novo. A esterilização dos cateteres por radiação gama favoreceu uma diminuição da razão de carbonila ligada, mas, essa razão na primeira dose de esterilização, foi mantida 79% da razão dessas carbonilas. Sendo desta forma, um tipo de esterilização promissora para os Cateteres Angiográficos. |