Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
ALBUQUERQUE, Sandra Regina da Silva Martins de |
Orientador(a): |
LIMA, Ana Maria Costa de Araújo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras (Profletras)
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52571
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Resumo: |
Esta pesquisa, de base qualitativa e método documental, firmou-se no objetivo geral de apresentar subsídios teórico-analítico-didático-metodológicos capazes de propiciar a professores e alunos dos anos finais do Ensino Fundamental a percepção da pontuação de textos escritos como recurso indiciador do caráter multidimensional da linguagem, isto é, como operador textual em diferentes vertentes linguísticas, a saber: nas dimensões fônica, sintático- semântica e, em especial, textual-discursiva. Surge da observação das flutuações no uso dos sinais de pontuação nas produções escritas dos alunos do ensino fundamental (e mesmo de outros níveis do ensino e aprendizagem), em que esses sinais gráficos ora se rarefazem, ora se multiplicam, num completo alheamento da prescrição normativa dos compêndios gramaticais tradicionais, fruto da ausência, inoperância ou insuficiência do ensino desse conteúdo linguístico, agravado pelo não reconhecimento da pontuação em seu caráter multidimensional. Para as discussões teórico-análiticas que aqui propomos, apoiamo-nos fundamentalmente nas contribuições de Rocha (1997, 1998), Chacon (1996) e Dahlet (2006), autores de estudos de referência em língua portuguesa sobre a pontuação. Em língua estrangeira, destacamos Chafe (1987), Dévelotte (2000), Favriaud (2011), Tournier (1980), Parkes (2003) e Houston (2003). Encontramos em Higounet (2003) breve história da língua escrita, em Olsen (1992) e Barthes (2004) reflexões sobre as imbricações entre o oral e o escrito e, em Bakhtin, (1996, 2006) o fundamento para o discurso dialógico. Corrêa (1994, 2013), Soncin e Carvalho (2021), Furlanetto (2000), Mendonça (2020) e Leal e Guimarães (2002) trazem a pontuação para o campo do ensino e aprendizagem. Escolhemos as manchetes de jornal do Instagram como gênero/suporte ilustrativo para a leitura analítica da pontuação em textos pelo viés do discurso. Esses textos digitais apresentam regularidade no uso dos sinais de pontuação como especificidade do gênero/suporte não prevista no cânone da gramática tradicional. As manchetes de jornal do Instagram serviram de corpus para a elaboração do caderno pedagógico para o ensino e aprendizagem dos sinais de pontuação em perspectiva discursiva. Ampliar os saberes sobre os sinais de pontuação, reconhecendo neles as suas múltiplas funções, firmadas na heterogeneidade e complexidade dos usos, demandará uma atualização que compreende desde as teorias e concepções formativas do professor até o instrumental didático de que se utiliza em sua prática pedagógica. |