Utilização do princípio de Monti para construção de uma gastrostomia continente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: ARAÚJO, Luis Alberto Pereira de
Orientador(a): BRANDT, Carlos Teixeira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3051
Resumo: Existe a necessidade da busca de alternativas técnicas para a gastrostomia permanente que venham minimizar os inconvenientes e complicações relatadas por diversos autores. Na presente investigação, apresenta-se e analisa-se uma nova técnica cuja proposta foi a construção de uma gastrostomia continente, baseada na técnica que se utiliza de segmento de intestino delgado na construção de uma vesicostomia continente. Desenvolveu-se um modelo experimental, cujo material foi dividido em dois grupos: O grupo estudo composto de 09 cães mestiços, nos quais foram aplicadas a técnica proposta e o grupo controle, composto de 10 animais, aplicou-se uma gastrostomia proposta por Webster, em 1974, que utilizou o princípio de Janeway, modificado por Moos e Spivack. Aos 90 dias de pós-operatório, ambos os grupos foram submetidos a testes de avaliação da competência ao vazamento, que foram realizados sob anestesia geral e após sacrifício. No grupo Estudo, sob anestesia, apenas um animal apresentou vazamento através da gastrostomia; após sacrifício, foi observado vazamento em 02 animais. No grupo controle, sob anestesia, dois animais apresentaram vazamentos e, após sacrifício, apenas um animal não apresentou vazamento. Não houve diferença estatísticamente significante entre os grupos quanto ao teste de vazamento sob anestesia geral. No entanto, foi observado maior vazamento no grupo controle após sacrifício. Na análise histopatológica do grupo estudo, evidenciou-se mucosa gástrica em torno dos tubos jejunais de características normais, moderado infiltrado inflamatório mononuclear nos tubos jejunais e apenas discreto em torno dos óstios das gastrostomias. No grupo controle, foi constante a ulceração em torno do óstio dos tubos de gastrostomia, no corion, o infiltrado inflamatório foi de menor intensidade que o grupo principal. Observou-se que a técnica de gastrostomia proposta é mais laboriosa que à do grupo controle, no entanto ela é factível a todos que tenham um treinamento razoável em anastomose intestinal. Quanto à competência ao vazamento, o grupo principal demonstrou ser mais eficiente que o grupo controle, e atribui-se essa eficiência ao sistema valvular sub-mucoso. Ressalta-se, como vantagem em relação a outras técnicas o fato de permitir sua aplicação a pacientes submetidos a gastrectomias subtotais. Concluindo a técnica apresentada demonstrou competência quanto ao vazamento, permitindo sua aplicabilidade clínica como uma alternativa de gastrostomia permanente