Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
ELIAS, Letícia |
Orientador(a): |
ALBUQUERQUE, Ulysses Paulino de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50331
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Resumo: |
Os estudos sobre como as pessoas selecionam suas plantas medicinais têm se concentrado em aspectos químicos, ecológicos e culturais, existindo lacunas quanto aos indicadores anatômicos. Dentro dos sistemas médicos, os seres humanos exibem preferência por determinadas plantas lenhosas e aquelas com maior versatilidade, ou seja, que apresentam maior número de indicações terapêuticas, tendem a ter maior concordância de uso. Nesse contexto, nos questionamos se essas plantas seriam selecionadas com base nos seus atributos anatômicos que podem facilitar o descasque. Esperávamos que as plantas mais versáteis fossem selecionadas por apresentarem uma estrutura anatômica que favorecesse o descasque, proporcionando o máximo retorno para as pessoas. Para investigação, selecionamos 20 plantas medicinais lenhosas, dez com maior e dez com menor versatilidade de onde retiramos faixas de 5 cm2 de casca. Esses fragmentos fixados em FAA 70, incluídos em Historesina®, seccionados em micrótomo rotativo nos sentidos transversal e longitudinal, corados em Azul de Toluidina e analisados em microscopia óptica. Não encontramos evidências de que as características anatômicas influenciam a escolha das plantas medicinais na Caatinga, e discutimos que talvez, o fator mais importante no processo de seleção de plantas seja a composição química. Para avaliarmos essa questão, realizamos uma revisão sistemática para compilar as informações químicas de plantas medicinais lenhosas e palmeiras na Caatinga, disponíveis em quatro bases de dados. Verificamos se existia relação entre a versatilidade e a diversidade de compostos químicos presentes nas espécies medicinais utilizando modelos generalizados. Nossa revisão evidenciou que as plantas mais versáteis possuem maior variedade de compostos químicos, mostrando que, o aumento na diversidade química pode explicar por que espécies mais versáteis são amplamente utilizadas nas farmacopeias locais da Caatinga. Portanto, é provável que a química seja o principal “driver” na seleção de plantas medicinais na Caatinga, em vez das características estruturais da casca do caule. |