Implicações do treinamento físico moderado sobre o metabolismo de tecido adiposo branco de ratos juvenis submetidos à restrição protéica materna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: PEREIRA, Allifer Rosendo
Orientador(a): FERNANDES, Mariana Pinheiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao, Atividade Fisica e Plasticidade Fenotipica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49170
Resumo: O ambiente nutricional implica em importantes consequências para a saúde em diferentes fases da vida, sobretudo nos períodos iniciais afetando o desenvolvimento de uma série de tecidos, como o adiposo. O tecido adiposo é um órgão metabolicamente dinâmico e ativo e o comprometimento de suas funções fisiológicas está diretamente associado a condições patológicas. Por outro lado, o exercício físico moderado é apontado como um modulador positivo do metabolismo, sendo ele uma estratégia para combater o surgimento e/ou progressão de doenças crônicas. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar as implicações do treinamento físico moderado sobre o metabolismo do tecido adiposo branco de ratos submetidos a restrição proteica durante períodos críticos do desenvolvimento. Inicialmente, ratas Wistar receberam dietas com níveis normais de proteína (dieta controle-C, proteína 17%) ou com baixo teor de proteína (hipoprotéica-HP, proteína 8%), durante a gestação e a lactação. Após o desmame, todos os grupos receberam dieta C até o sacrifício, aos 60 dias. A prole foi submetida ao teste de execução aeróbia incremental no 26°, 27° e 28° dias e subdividida em quatro grupos de acordo com a prática ou não do treinamento físico moderado. Foram obtidos os seguintes grupos experimentais: Controle não treinado (CNT); Controle Treinado (CT); Hipoproteico não treinado (HPNT) e Hipoproteico treinado (HPT). Aos 30 dias de vida, os animais dos grupos CT e HT foram submetidos a um programa de treinamento físico (60 min/dia, 5 dias/semana, durante 4 semanas). Aos 60 dias de vida, os machos foram eutanasiados e tiveram o tecido adiposo epididimal removido para as análises. Nossos resultados mostraram que restrição proteica nos períodos iniciais da vida altera a estrutura morfológica dos adipócitos, comprometendo o metabolismo oxidativo, além de alterar a expressão de genes relacionados ao metabolismo energético através de mecanismos compensatórios. Em contraste, o programa de exercício físico regulou a adipogênese, o metabolismo oxidativo e a expressão genica e proteica da AMPK, atenuando os efeitos deletérios da restrição proteica no metabolismo energético. Além disso, foi elaborado um artigo de Revisão Sistemática intitulado “Efeitos da desnutrição proteica durante o período perinatal no desenvolvimento e metabolismo do tecido adiposo branco: uma revisão sistemática”, devidamente registrado no Prospective International Registry of Systematic Reviews (PROSPERO), com registro código: CRD42021243228. Assim, nossos achados sugerem que o exercício físico moderado pode ser uma importante ferramenta terapêutica não farmacológica contra os efeitos deletérios de uma dieta restrita em proteínas nos períodos iniciais da vida sobre o metabolismo energético.