Degradação de Propranolol em efluente modelo através de Processos Oxidativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: BAYDUM, Valderice Pereira Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Engenharia Quimica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19024
Resumo: A ocorrência de fármacos no meio ambiente tem se tornado um assunto de interesse nos últimos anos. Grande número desses compostos tem sido detectado em efluentes de estações de tratamento de esgoto (ETE) municipais, águas superficiais e, menos frequentemente, em águas subterrâneas e água potável em todo o mundo. Alguns dos efeitos adversos causados por fármacos incluem toxicidade aquática, desenvolvimento de resistência em bactérias patogênicas, genotoxicidade, e desregulação endócrina. Diferentes fontes podem ser indicadas para explicar o aparecimento de fármacos no ambiente aquático. Atualmente, é amplamente reconhecido que a principal fonte de poluição são os efluentes de ETE. Portanto, o descarte de resíduos farmacêuticos nos efluentes de ETE deve ser minimizado o máximo possível. A remoção de poluentes orgânicos recalcitrantes como fármacos na água e em efluentes pode ser obtida utilizando processos oxidativos avançados (POA). O objetivo deste trabalho é avaliar a eficiência de remoção de Propranolol por meio de POA, avaliar a toxicidade dos produtos de degradação durante os tratamentos bem como realizar um estudo cinético de degradação do composto. O fármaco usado neste estudo foi o Propranolol fornecido pelo LAFEPE. Foi utilizada solução modelo a 20 mgL-1 . Os tratamentos por meio de POA (H2O2/UV, Fenton e foto-Fenton) além de radiação UV (fotólise) e H2O2 foram realizados em escala laboratorial em um reator ao longo de 60 minutos. A radiação UV foi obtida por uma lâmpada a vapor de mercúrio de média pressão de 30 W. A agitação do sistema foi feita utilizando um agitador magnético. Sulfato ferroso heptahidratado foi utilizado como fonte de íons de ferro para o processo Fenton e foto-Fenton. A determinação e a quantificação do fármaco após tratamento por POA, foram realizadas em um espectrofotômetro UV-Vis. Em relação aos resultados obtidos pelo tratamento utilizando POA, o propranolol se mostrou pouco sensível a oxidação com peróxido de hidrogênio. O tratamento Foto-Fenton apresentou melhor eficiência de remoção e o Fenton o melhor resultado de toxicidade. A cinética de oxidação do fármaco foi discutida e verificou-se que o modelo cinético de pseudo-primeira ordem pode descrever melhor a oxidação do fármaco. As principais vantagens e desvantagens de cada processos e a complexidade de comparação dos vários processos de oxidação foram discutidos. O processo Foto-Fenton foi o que removeu mais de 80% do propranolol a 20 mg L-1 em 15 minutos.