Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
PARAISO, Thayse Carolina Ferreira |
Orientador(a): |
SILVA, Cláudia Roberta Tavares |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39843
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Resumo: |
Esta pesquisa objetivou investigar o uso da concordância nominal de número em redações produzidas em português por estudantes guineenses e timorenses no âmbito do exame vestibular da Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Brasileira (UNILAB), localizada em Redenção-CE. Está embasada por dois principais subsídios teóricos: 1) a Sociolinguística, em sua abordagem variacionista (Labov,[1972] 2008), a qual, a partir da heterogeneidade das línguas naturais, procura analisar as regularidades que podem ser encontradas na variação, investigando variáveis que agem tanto linguística quanto extralinguisticamente, na interseção língua-sociedade; e 2) o trabalho precursor desenvolvido por Scherre (1988), o qual revela que, para a concordância plural, particularmente, a linearidade tem papel fundamental, demonstrando que as ocorrências de concordância no sintagma nominal são interdependentes. O método de abordagem utilizado foi o indutivo e os métodos de procedimento foram o comparativo e o estatístico, com análise quantitativa dos dados e realização de estudo contrastivo entre o português de Guiné-Bissau (PGB) e o português de Timor-Leste (PTL). O estudo contrastivo deste trabalho examinou as variedades não-europeias do português selecionadas, numa perspectiva de análise atomística, utilizando-se algumas das variáveis linguísticas empregadas por Scherre (1988), a saber: a classe gramatical do elemento, sua posição linear no sintagma e a saliência fônica nas três dimensões aplicadas por Scherre (processos morfofonológicos de formação de plural, tonicidade e número de sílabas), associadas às variáveis extralinguísticas que selecionamos: o país de origem (Guiné-Bissau ou Timor-Leste), o sexo (homem ou mulher) e a situação do candidato escrevente no vestibular (aprovado ou reprovado). Observamos aspectos linguísticos e extralinguísticos e sua relevância no uso da concordância de número no sintagma nominal. Resultados globais mostraram que: 1) apesar do contato linguístico do PGB com o crioulo guineense e do PTL com o tétum - línguas consideradas, nesta pesquisa, como maternas dos falantes guineenses e timorenses, por serem, comprovadamente, as línguas mais faladas nos países em questão -, em que não se observam marcas morfológicas explícitas de número em alguns dos elementos no interior do sintagma nominal, no PGB e no PTL a ausência de concordância não é frequente; 2) a variável extralinguística “sexo” não se apresenta como relevante para análise da variação do fenômeno em questão; e 3) segundo critérios estabelecidos por Labov (2003), acerca da frequência de produtividade com a qual uma regra de variação ocorre, o uso da concordância nominal de número no PGB e no PTL caracterizou uma regra variável. |