Variação da concordância nominal em produção oral e escrita de alunos do ensino fundamental e médio de Belo Jardim-PE: assimetria entre fala e escrita?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SILVA, Cicero Kleandro Bezerra da
Orientador(a): SILVA, Claudia Roberta Tavares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25453
Resumo: Tomando como perspectiva teórica a Sociolinguística Variacionista (LABOV, 1972), o presente trabalho tem como objeto de estudo o fenômeno variável da concordância nominal na língua oral e escrita de alunos da cidade de Belo Jardim-PE, tendo como objetivos: a) analisar quais fatores linguísticos favorecem ou não a aplicação da regra dessa concordância na fala e na escrita desses alunos, b) verificar se fatores extralinguísticos contribuem para o aumento da aplicação dessa regra, c) comparar os resultados obtidos neste trabalho investigativo com os de outras pesquisas no campo da Sociolinguística Variacionista, tendo em mente a construção do perfil sociolinguístico dos educandos belojardinenses, e d) investigar se existe assimetria entre fala e escrita, tomando por base os percentuais e os resultados probabilísticos obtidos. Na análise dos percentuais e resultados probabilísticos, comparamos nossos resultados com os de outros estudos realizados no Brasil, principalmente os de Scherre (1988) que se constitui em um dos estudos pioneiros sobre a concordância nominal no Brasil. Os dados foram coletados através de entrevistas (modalidade oral) e de produções de narrativas realizadas pelos alunos (modalidade escrita). Os dados que compõem os corpora foram codificados consoante às seguintes variáveis: (i) linguísticas (classe gramatical, posição do elemento no sintagma, marcas precedentes e saliência fônica) e (ii) extralinguísticas (grau de escolaridade, faixa etária, sexo e tipo de escola). Esses dados foram coletados em uma escola municipal (4º, 5º, 6º e 9º ano do Ensino Fundamental), particular (4º, 5º 6º, 9º ano do Ensino Fundamental/ 1º e 3º ano do Ensino Médio) e estadual (1º e 3º ano do Ensino Médio), tendo participado da pesquisa 144 alunos da cidade de Belo Jardim-PE, localizada no Agreste Pernambucano. Os resultados revelam, com base nos 14.246 sintagmas nominais na língua falada e 3.373 da língua escrita, que, em geral, a aplicação da regra de concordância nominal foi maior na língua escrita do que na língua falada, havendo o favorecimento de fatores linguísticos e extralinguísticos.