Fatores associados à mortalidade em pacientes idosos internados em unidade de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: LUCENA, Marcos Vinícius Ferraz de
Orientador(a): MARKMAN FILHO, Brivaldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17795
Resumo: Referencial: A população mundial tem mostrado um crescente aumento no número de pessoas idosas nas últimas décadas. Pacientes idosos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) apresentam taxas de mortalidade e custos elevados. A mortalidade em curto prazo tem sido relacionada à gravidade da doença de base aferida através de escores, que fornecem parâmetros para o acompanhamento clínico e prognóstico do paciente. Entre esses escores destacam-se o Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II) e o Simplified Acute Physiology Score 3 (SAPS 3), amplamente utilizados. A avaliação do prognóstico dos pacientes idosos internados em UTIs é necessária, pois permite melhorar o cuidado com esses pacientes. Os objetivos deste estudo foram identificar os fatores associados à mortalidade e comparar os escores APACHE II e SAPS 3 em pacientes idosos internados em UTI. Métodos: Foram consecutivamente acompanhados 174 pacientes idosos internados em um período de doze meses na UTI. Foram analisados adicionalmente ao APACHE II e SAPS 3 como possíveis fatores associados à mortalidade a presença de hiperglicemia de estresse, a necessidade de ventilação mecânica invasiva, a presença de insuficiência renal aguda, o nível de consciência rebaixado e o uso de vasopressores. A coleta de dados foi realizada através da análise dos prontuários dos pacientes e entrevista com os familiares e as informações foram inseridas em ficha padrão com as variáveis necessárias ao estudo e aferição dos escores APACHE II e SAPS 3. Os desfechos estudados foram óbito e alta hospitalar. Resultados: A mortalidade na UTI e hospitalar (UTI e após alta da UTI) da população estudada foi, respectivamente, de 17,8% e 29,8%. A análise multivariada mostrou que a Ventilação Mecânica Invasiva (VMI), Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e Pressão Arterial Média (PAM) foram fatores associados positivamente ao SAPS 3 e VMI e DPOC foram fatores associados positivamente ao APACHE II na predição de óbito hospitalar. O APACHE II e o SAPS 3 tiveram médias de 19,1 e 43,6 pontos, respectivamente. O estudo demonstrou que o APACHE II e o SAPS 3 apresentaram aceitável discriminação, calibração adequada e a mortalidade observada foi maior que a predita. Conclusão: Nos pacientes idosos internados na UTI, necessidade de VMI, portadores de DPOC e PAM < 70 mmHg foram preditores de pior evolução hospitalar. O desempenho do APACHE II foi semelhante ao do SAPS 3 em pacientes idosos internados em UTI.