“Nem santa, nem puta”: performances de gênero e sexualidade em mulheres praticantes de swing

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: VIEIRA, Sâmella dos Santos
Orientador(a): NASCIMENTO, Luís Felipe Rios do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15318
Resumo: Dentro do campo de estudos do construcionismo da sexualidade, esta dissertação buscou compreender como operam os marcadores de gênero e sexualidade nas práticas eróticas de mulheres que fazem swing, a troca de parceiros entre casais. Convencionalmente considerada uma prática sexual dissidente, esse estudo sobre mulheres buscou refletir acerca dos papéis sexuais assumidos pelas praticantes de swing e, em que medida, as questões de gênero estão implicadas nas suas experiências eróticas. Adotando uma perspectiva etnográfica, balizei o percurso metodológico na observação participante em espaços de sociabilidades swingers (encontros e festas destinadas à prática) e em entrevistas em profundidade com base nas carreiras sexuais de quatro (04) mulheres. A partir de análise fundamentada na Dupla Hermenêutica, foi possível indicar nuances das feminilidades na troca de casais. Por um lado, as convenções sociais que ainda constituem o exercício da sexualidade: ideal de um corpo perfeito, manutenção do casamento, práticas proibidas e permitidas para uma “mulher direita”. Por outro, entretanto, o swing como possiblidade de liberdades sexuais, através do conhecimento do corpo e da vivência dos desejos e prazeres em uma prática transgressora. Entre noções de “santa x puta”, foi possível refletir acerca dos jogos de posicionamento inerentes à transgressão, erotismo e desejo que orientam tais vivências.