Avaliaçao de um biolarvicida à base de Bacillus thuringiensis sorovar. israelensis, desenvolvido no Brasil, para o controle do Aedes aegypti (Diptera:Culicidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Paula de Araújo, Ana
Orientador(a): Narcisa Regis, Leda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/648
Resumo: Neste trabalho foram determinados a atividade tóxica e o desempenho em campo simulado de um larvicida experimental à base de Bacillus thuringiensis israelensis contra larvas de Aedes aegypti. Diferentes lotes de produção de pó técnico (PT) pré-formulado, foram avaliados em bioensaios, para definição das concentrações que eliminam 50% (CL50) das larvas e definição da potência do produto. Um dos lotes foi submetido a diferentes doses de radiação gama para a inativação dos esporos, sendo avaliado quanto à viabilidade microbiológica e toxicidade. As apresentações em comprimido (C) contendo 15% de princípio ativo, em PT e em pó técnico irradiado (PTI) foram testadas nas concentrações de 250 mg/50L de água, em recipientes plásticos, em condições simuladas de campo (TCS). A eficácia inicial do produto foi estimada pela mortalidade de 50 L4 de Ae. aegypti, após 48 h de exposição, e a persistência, mortalidade observada ao longo do tempo, pela introdução periódica de 50 L1 e recuperação de pupas. Os recipientes foram submetidos às seguintes variáveis: exposição solar ou sombra, renovação de 20% ou 60% do volume da água periodicamente, e a diferentes freqüências de colonização. Amostras de água foram coletadas para a verificação de esporos viáveis (UFC/ml) nos recipientes tratados. Os resultados demonstraram que existem diferentes níveis de toxicidade entre os lotes avaliados em laboratório, mas que estas diferenças não comprometem a atividade larvicida do produto em TCS. A CL50 média foi estimada em 0,26 ± 0,1 mg/L, com potência de 750 UTI/mg. A dose de 20 KGy de radiação gama inativou o maior percentual de esporos (99,9%) com menor perda da toxicidade. Em TCS, PTI, PT e C promoveram de 90 a 100% de mortalidade inicial e controle total durante 6 meses, na sombra. Não houve diferenças entre recipientes que sofreram ou não reposição de água, nem entre aqueles colonizados com diferentes números de larvas. A densidade de larvas também não influenciou a concentração de esporos ao longo do experimento. Nos recipientes tratados com PTI as concentrações de esporos viáveis foram inferiores às observadas para o PT em todas as coletas. A exposição solar foi o único fator que limitou o tempo de persistência do produto nos recipientes. Concluímos que o produto avaliado apresenta boa qualidade de produção com níveis altos de toxicidade e excelente persistência