Influência da fragmentação e perda de habitat na chuva de diásporos de remanescentes de floresta Atlântica no interior do Estado de Alagoas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Gomes de Freitas, Cíntia
Orientador(a): Roberta Leal, Inara
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/878
Resumo: O objetivo deste estudo foi relacionar tamanho, forma e distâncias entre fragmentos de floresta Atlântica nordestina, com riqueza, diversidade, abundância e biomassa de diásporos de espécies vegetais. Nós amostramos os diásporos através de um transecto de 100 m com 10 coletores em nove fragmentos da Usina Serra Grande, Alagoas, ao longo de um ano, de novembro de 2002 a outubro de 2003. Ao total foram coletadas 21.985 diásporos pertencentes a 190 morfoespécies. A família mais rica foi Papilionaceae, com sete espécies, seguida de Euphorbiaceae e Sapindaceae com cinco espécies cada uma. A maioria dos diásporos foi classificada como pequena (29,6 %) e grande (45,4 %), com estratégia de regeneração pioneira (72 %) e dispersas zoocoricamente (60,2 %). Houve uma produção contínua de frutos com picos de frutificação no início da estação seca e em plena estação chuvosa. A regressão linear entre os parâmetros dos fragmentos e dos diásporos coletados não foi significativa, exceto entre biomassa de diásporos e distância para a área doadora; a biomassa diminuiu significativamente com o aumento da distância para a área doadora. Este fato pode estar relacionado com a capacidade dos animais de atravessar a matriz carregando sementes grandes. A não significância das outras relações pode ser devido à (1) supra-anualidade de algumas espécies tolerantes à sombra, (2) à substituição de espécies tolerantes à sombra nos fragmentos grandes por pioneiras nos fragmentos pequenos e (3) a alta diversidade em fragmentos logo após uma perturbação