Efeito da fragmentação e da perda de habitat nas frequências de atributos florais e de síndromes de polinização em uma paisagem da Floresta Atlântica Nordestina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Coe Girão, Luciana
Orientador(a): Valentina Lopes, Ariadna
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/893
Resumo: A Floresta Atlântica está entre as cinco regiões mundiais que apresentam os maiores índices de endemismo de plantas vasculares e acredita-se que ainda abrigue de 1 a 8% de toda a biodiversidade mundial. Infelizmente, sua área restante apresenta alto grau de fragmentação restando menos de 8% de sua área original. As interações planta-polinizador são largamente afetadas pela fragmentação e pela perda de habitats, e, por ser um dos primeiros passos da reprodução, qualquer efeito sobre a polinização pode ser magnificado nos níveis subseqüentes. Foram verificados no presente estudo os atributos florais, as síndromes de polinização e os sistemas sexuais e reprodutivos de espécies arbóreas (DAP 10cm) amostradas em parcelas de 0,1 ha lançadas no centro de 10 fragmentos de Floresta Atlântica de tamanhos variados (3,02 a 3375,29 ha), sendo o maior considerado como área controle. Tais fragmentos encontram-se encravados em uma matriz de cana-de-açúcar na Usina Serra Grande, localizada nos municípios de Ibateguara e São José da Laje, Alagoas. Os dados foram coletados na literatura pertinente às espécies estudadas e em análises de materiais herborizados. Foram registradas 97 espécies nas parcelas da área controle e 72 nos fragmentos totalizando 136 espécies, das quais 33 são comuns às duas áreas. A área controle apresentou valores de riqueza e diversidade de espécies, bem como de freqüência de espécies climáxicas significativamente maiores que os fragmentos. Houve uma maior diversidade funcional de síndromes de polinização e de tipos florais na área controle em relação à fragmentada. A área controle apresentou também freqüências de espécies e/ou indivíduos significativamente maiores em relação aos fragmentos quanto a: flores de cor esverdeada e vermelha, flores muito grandes, flores com antese noturna, flores cujo recurso é abrigo, cópula ou partes florais, flores do tipo pincel, estandarte e tubo, flores ornitófilas, quiropterófilas e esfingófilas e espécies com sistemas sexuais não hermafroditas. Observou-se, portanto, mudanças nas freqüências das categorias de vários dos atributos estudados entre a área controle e os fragmentos, podendo-se verificar para os fragmentos diminuição nos percentuais de alguns atributos especializados e de síndromes de polinização vulneráveis à fragmentação e à perda de habitat