Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
ALVES, Bruno Adriano Barros |
Orientador(a): |
ROSAS, Suzana Cavani |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Historia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39810
|
Resumo: |
O objetivo deste trabalho é desenvolver um estudo sobre a Repartição de Obras Públicas da Província de Pernambuco (ROP), entre 1837 e 1850, contemplando três aspectos: estrutura administrativa, projeto de modernização e canteiros de obras. Em 1837, Francisco do Rego Barros (Barão da Boa Vista) assumiu a presidência da província, em um contexto marcado pela forte presença de conservadores nos cargos administrativos. A historiografia aponta que a partir deste momento diversas obras públicas, como pontes, estradas, obras de higienização, abastecimento de água, etc., visando o melhoramento, foram protagonizadas pelo governo provincial. Algo central para a viabilização desse projeto de modernização, segundo os conservadores ligados ao governo do barão, era o aperfeiçoamento da mão de obra presente nos canteiros. É possível encontrar nessa época diversos estrangeiros labutando no ramo das edificações, especialmente engenheiros franceses e operários alemães. Contudo, ao chegar no Brasil estes imigrantes se depararam com condições de vida e labuta bastante precárias, além de um clima bastante hostil por parte de muitos brasileiros. O clima de tensão se acentuou após 1842, pois uma cisão entre os liberais acarretou no surgimento do “Partido Nacional Pernambucano”, pejorativamente chamado de Praieiro, que adotou um forte discurso antiestrangeirista. A complexidade dos canteiros de obras também se dava pela presença massiva de diversas “categorias” de trabalhadores, como escravos, nacionais livres, libertos, presos ferropeados, etc. Nesse sentido, o trabalho busca refletir sobre as relações de poder presentes no bojo da ROP em meio a esta conjuntura marcada por embates políticos, disputas por empregos e uma organização do trabalho pautada nas relações escravistas daquele Pernambuco oitocentista. |