Nessa casa tem criança : o espaço residencial percebido como favorecedor de atividades cotidianas para crianças de cinco anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Luana Alves de
Orientador(a): COSTA FILHO, Lourival Lopes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Design
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41196
Resumo: A partir da constatação de que para desenvolver habilidades sociocognitivas, crianças de cinco anos de idade necessitam de uma interação ativa e autônoma com seus espaços de convivência diária, esta pesquisa, de caráter qualitativo, considerou aspectos da Teoria dos Affordances com o objetivo de analisar como o espaço residencial é avaliado por crianças de cinco anos e seus cuidadores quanto a realização de suas atividades cotidianas. Nas entrevistas estruturadas, utilizadas para coletar os dados, seis crianças de cinco anos e seus adultos cuidadores analisaram fotografias de diferentes ambientes de sala de estar, cozinha e quarto infantil, de modo a avaliar e identificar elementos e características físicas capazes de possibilitar ou restringir atividades cotidianas pelas crianças de cinco anos. Os dados obtidos foram organizados, tabulados e comparados entre os grupos abordados, tendo os resultados sido discutidos especialmente sob a visão da Ergonomia do Ambiente Construído. Quanto à percepção de affordances e restrições, destacou-se que a possibilidade de alcance e acesso de objetos pelas crianças, bem como a ludicidade dos ambientes e a assimilação de suas funções de forma clara e coesa, foram interpretadas por crianças e cuidadores como características capazes de favorecer a realização, principalmente de forma autônoma, de atividades cotidianas por crianças de cinco anos. A falta de consenso entre os grupos abordados foi observada em relação: à quantidade de restrições apontadas em geral, às menções referentes ao uso de telas e a quais elementos forneceriam affordances para o brincar (especialmente na sala de estar). Ao final, baseando-se nos resultados da pesquisa, elaborou-se um quadro de recomendações projetuais para os principais ambientes domésticos, de modo a estimular arquitetos e designers a considerarem as necessidades ambientais de crianças de cinco anos, contribuindo para o favorecimento de suas atividades cotidianas e, consequentemente, seu desenvolvimento sociocognitivo.