Processamento oral e avaliação do perfil sensorial de respiradores orais
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39789 |
Resumo: | Respirar é uma função vital dos organismos vivos. Nos seres humanos, fisiologicamente, ela acontece através do nariz. Quando há obstrução parcial ou total, temporária ou permanente das vias aéreas superiores, a respiração é realizada pela boca. Respirar pela boca é um hábito deletério que pode acarretar alterações funcionais, estruturais, patológicas, posturais, oclusais e de comportamento. Esse contexto de alterações, tem potencial de afetar uma importante função neurológica, o processamento sensorial, processo completo pelo qual o sistema nervoso central e periférico gerenciam informações sensoriais, inclui a recepção, modulação, integração e organização de estímulos. Considerando todas as adaptacões fisiolgicas, estruturais e funcionais que ocorrem no corpo como consequência da respiracao oral, torna-se necessário entender o processamento oral dessa população. Neste sentido, o estudo teve como objetivo geral relacionar o processamento oral, o perfil sensorial e as funções de mastigação e deglutição de crianças respiradoras orais. Foram selecionadas 32 crianças com respiração oral, recrutadas de forma não aleatória, por conveniência, na Clínica Escola do Departamento de Odontologia Clínica e Preventiva da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com idades entre 7 e 11 anos de ambos os sexos. Após autorização formal dos responsáveis, através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as crianças foram avaliadas por meio do questionário de Protocolo de Identificação dos Sinais e Sintomas da Respiração Oral – PISSRO, Protocolo MBGR e Perfil Sensorial 2. Em seguida, realizaram exame de nasofibrolaringoscopia. Este projeto foi submetido ao Comitê de Ética em pesquisa com seres humanos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco (CEP/CCS/UFPE parecer no 2.921.487). Para análise dos dados foram obtidas medidas estatísticas e os cálculos foram tabulados no SPSS (versão 18). Das crianças avaliadas, 16 foram do sexo masculino e 16 do sexo feminino, estando com idade média de 8 anos. A maioria dos respiradores orais apresentou alteração no processamento de todos os sentidos, com relação estatisticamente significativa entre as caracteristicas de exploração, sensibilidade, observaçāo e socioemocionais quando relacionados ao processamento oral. Na relação entre o processamento sensorial e a alteração de matigação, as caracteristicas de esquiva, sensibilidade, tato e socioemocionais quando relacionadas à mastigação foram estatisticamente significativas. Não houveram relações estatisticamente significativas com a alteração da deglutição De acordo com os resultados obtidos é possível afirmar que crianças respiradoras orais apresentam disfunções de processamento sensorial e oral que são ainda mais evidentes quando associadas as alterações de mastigação. |