Agricultura camponesa e sustentabilidade em assentamentos rurais: um estudo de caso do Quilombo e do Mocambo, no Estado do Piauí

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: SANTOS, Josafá Ribeiro dos
Orientador(a): GONÇALVES, Claudio Ubiratan
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29364
Resumo: O espaço agrário brasileiro vem passando, de forma acelerada, por profundas transformações socioeconômicas e ambientais impulsionadas, principalmente, pelos processos de modernização da agricultura, perceptíveis a partir da segunda metade do século XX. Por esta razão, alteraram-se, rigorosamente, as relações de produção no campo devido à incorporação intensiva das relações capitalistas de produção nas atividades agrárias, principalmente na agricultura. Com isso, intensificaram-se os conflitos sociais no espaço agrário entre as diversas comunidades camponesas e o tripé capital internacional-nacional-Estado. Os camponeses, com seu patrimônio (a terra) e seu mundo social consolidado historicamente, passaram a desenvolver novos arranjos na organização social, econômica, política e ecológica para se reinventar enquanto categoria social. Por isto, justifica-se esta Tese: Agricultura Camponesa e Sustentabilidade em Assentamento Rurais: Um estudo de caso do Quilombo e do Mocambo no Estado do Piauí. No Piauí, a luta camponesa não ocorre de forma homogênea e sim, de acordo com as particularidades históricas de cada região ou território. A origem dos assentamentos Quilombo e Mocambo, localizados no Norte do Estado, está ligada a resistência de famílias de posseiro na luta pela posse da terra e pela reforma agrária. A participação das entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAG), Sindicato dos Trabalhadores Rurais dos municípios de José de Freitas e Altos (STr) e Comissão Pastoral da Terra (CPT). A origem das famílias atuais são remanescentes do início do século XX. A agricultura camponesa praticada nesses assentamentos e outras atividades, ligadas à pecuária e ao extrativismo da amêndoa do babaçu apresentam traços culturais herdados de várias gerações. A relação das famílias com os bens naturais manifesta-se em um contexto que prolonga a vida das famílias e da própria natureza. A produção agrícola é basicamente para o autossustento das famílias enquanto a produção de caprinos e suínos, criados extensivamente, quando comercializado, contribui com a melhoria da renda das famílias.