Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
NASCIMENTO, Gisele Wanessa do |
Orientador(a): |
MESQUITA, Rui Gomes de Mattos de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19464
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Resumo: |
A presente pesquisa teve o objetivo de identificar e analisar quais os princípios e estratégias que balizam o estar juntos de sujeitos rastafáris e como sua experiência pode contribuir para construir/reforçar valores contra-hegemônicos no campo da educação popular. Esta investigação de caráter etnográfico é composta de uma pesquisa de campo por meio de um estudo de caso através da narrativa de indivíduos da filosofia rastafári. A abordagem teórica se deu de uma articulação de proposições ligadas a teoria hermenêutica do filósofo Paul Ricoeur com a teoria do discurso do filósofo político Ernesto Laclau, de matriz pós-estruturalista. Para isto, criamos quatro categorias de análise, a saber: 1. Pontos de tensão entre Rastafári e a sociedade; 2. Disputas de sentido que estão sendo postas nesse campo; 3. Aproximações metafóricas e articulações metonímicas postas em ação; e 4. Disputas em termos espaciais que influenciam os esforços expressivos dos sujeitos rastafáris. Concluímos que os sujeitos rastafáris pesquisados mostraram ser um grupo singular que vive à margem da sociedade, buscando, com suas lutas diárias, não se deixar capturar pela lógica do capital. Sendo assim, acreditamos que sua experiência não pode ser aprisionada dentro dos ambientes metonímicos hegemônicos, ela passa e é atravessada por este ambiente, mas não se fixa ou se limita a ele, pois sempre existe e existirá práticas que escapam aos discursos (que são práticas) universalistas. Portanto, acreditamos que a experiência destes sujeitos pode contribuir com o campo da educação popular na medida que abre espaço para a "criatividade", podendo com isso, alcançar mais sujeitos de movimentos sociais. Sujeitos esses que podem incorporar em suas vidas um paradigma de educação que vai além da instrução, uma educação que tem como causa o indivíduo, seja na sua individualidade, seja na coletividade, ou seja, a Educação Popular. |