Cidadão de direito : a contribuição do professor de filosofia na escola para uma educação em direitos humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MELO, Márcio Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pós-Graduação Profissional em Filosofia (PROF-FILO)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35713
Resumo: O objetivo deste estudo foi compreender como se dá a contribuição do professor de filosofia da 1ª série do ensino médio na efetivação da Educação em direitos humanos no ambiente escolar, assim, tomando como objeto explorador do trabalho uma experiência didática que parte de um projeto de intervenção que foi realizado na Escola Diário de Pernambuco – EREM, da rede pública de ensino da cidade do Recife, com dois professores de Filosofia e seus respectivos alunos da 1ª série do Ensino Médio. Esta intervenção contou com 12 (dez) encontros com professores e alunos e neles, seis anteriores a qualificação e mais 06(seis) após a qualificação. A metodologia se baseou na pesquisa de campo, de caráter descritivo e abordagem quanti-qualitativa, utilizando-se da observação ativa/participativa, através de oficinas de estudo, e questionário e entrevistas como instrumentos para coleta de dados, tendo em vista os mesmos permitirem, ao pesquisador, uma informação mais precisa do que se pretende investigar, além de abranger um maior contingente de sujeitos. Participaram, voluntariamente, desse processo, 02 (dois) docentes de Filosofia no Ensino Médio, os quais narraram acerca de suas concepções sobre cidadania e direitos humanos, que se apresentam mistificadas e, por vezes, contraditórias. Isto a partir das oficinas aplicadas em sala e no auditório, que proporcionaram também aos professores de Filosofia a possibilidade de conceber a formação de pessoas em direitos humanos como um processo de empoderamento, que pode ser concretizado na gestão de ações preventivas de violações dos direitos humanos em diferentes espaços; de articulação política educacional, principalmente, de difusão de conhecimentos que possibilitem o exercício da cidadania e da democracia; e, na vivência cotidiana de uma postura solidária com os outros. Nesses encontros foi possível diagnosticar, formar, planejar e executar o projeto, assim apontando que educar para os direitos humanos significa preparar os indivíduos para que possam participar da formação de uma sociedade mais democrática e mais justa, atingindo um bem social. Essa preparação pode priorizar o desenvolvimento da autonomia política e da participação ativa e responsável dos cidadãos em sua comunidade como primeiros artífices das mudanças de práticas sociais mais justas e conscientes. Verificou-se também, o interesse plausível dos professores de filosofia em propiciar mais discussões e aprofundamento da temática, fazendo-se necessário o estabelecimento de um espaço e tempo apropriados à discussão, quando então poderão construir uma significação que contemple suas expectativas, e mais tarde possam assim trabalhar a temática diante dos mais diversos filósofos a serem apresentados no currículo da escola. O trabalho mostrou também que, embora os professores afirmem a função da escola como principal agente formador da cidadania, este processo educativo muitas vezes não se consolida em razão deles mesmos não construírem um real significado para o conceito, sem assumirem suas próprias condições de sujeitos de direitos. No educar para cidadania e direitos humanos, mais importantes que os conteúdos ministrados, são as atitudes e a postura de todos os envolvidos na educação. Assim, entendida como um direito humano, a educação permite que os docentes contribuam para a transformação das relações na escola e das relações sociais vigentes.