Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Maria Gabriela Vieira Oliveira da |
Orientador(a): |
MARTINS, Danyelly Bruneska Gondim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55436
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Resumo: |
A artrite reumatóide (AR) apresenta-se como a doença mais prevalente e debilitante conhecida entre as doenças autoimunes crônicas. A qualidade de vida dos indivíduos que possuem essa doença é comprometida, devido aos fatores genéticos e ambientais, que também contribuem para que eles se tornem mais susceptíveis a outras enfermidades como as infecções virais. Em 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a pandemia da COVID-19. No Brasil, milhões foram infectados, gerando altos números de mortes e pessoas com sequelas após infecção. Um dos principais sintomas da infecção pelo coronavírus é a tempestade de citocinas. Inflamações exacerbadas podem desencadear o agravamento da AR e prejudicar o desfecho desses indivíduos com COVID-19. Além disso, podem ocasionar as alterações na expressão de proteínas, microRNAs e genes alvos, que são moléculas com papéis importantes que contribuem nas respostas do sistema imunológico e nas modificações epigenéticas. Esse estudo tem como objetivo avaliar o impacto da COVID-19 na expressão de proteínas e dos miRNAs e seus genes alvos em pacientes com artrite reumatóide. Amostras de sangue periférico foram coletadas de 36 indivíduos atendidos em 3 hospitais da Região Metropolitana do Recife. Os voluntários foram divididos em 4 grupos: 6 pacientes com AR e com histórico de COVID-19, 11 pacientes com AR e sem histórico de COVID-19, 8 indivíduos sem AR e com histórico de COVID-19, e 11 indivíduos sem AR e sem histórico de COVID-19. A partir do plasma de cada indivíduo, foram preparados pools de trabalho e as amostras injetadas no espectrômetro de massa SYNAPT XS. Os dados foram analisados através de enriquecimento funcional e ontologia gênica foram realizadas através do STRING e do METASCAPE, respectivamente. Buscas bibliográficas foram realizadas para determinar o papel das moléculas identificadas, além da busca por miRNAs e genes alvos. Foram encontradas nas amostras de plasma dos grupos de estudo 186 proteínas diferencialmente expressas. As análises de enriquecimento funcional e ontologia gênica destacaram vias imunológicas, tais como: regulação do sistema imune inato e adaptativo, ativação da via clássica do sistema complemento, produção de imunoglobulinas, mapa das vias de sinalização do SARS-CoV-2. Além disso, destacaram-se vias metabólicas do selênio, de hormônios peptídeos e da vitamina B12; e processos biológicos como apoptose, cascatas de coagulação, regulação de atividade enzimática, degranulação de plaquetas e neutrófilos. Com relação aos potenciais miRNAs, miR-29b-3p e miR-142-5p foram identificados e as redes de interação dos genes alvos revelaram as proteínas BRWD3 e KIAA2022 com interação direta com as redes obtidas anteriormente. A avaliação da expressão gênica nestes indivíduos contribuiu para mostrar que a partir de alguns processos biológicos, provenientes das proteínas, miRNAs e genes alvos, a COVID-19 pode desencadear disfunções endoteliais e aumentar as chances do desenvolvimento de coagulopatias em pacientes com artrite reumatóide. |