Estrutura da comunidade de formas iniciais de peixes em uma gamboa do estuário do rio Catuama, Pernambuco - Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: FALCÃO, Elisabeth Cabral Silva
Orientador(a): SCHWAMBORN, Ralf
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8800
Resumo: O presente trabalho foi realizado em uma gamboa do estuário do rio Catuama, Pernambuco, Brasil. Com o intuito de caracterizar a comunidade de peixes que, em suas fases iniciais de vida habitam essas áreas intertidais estuarinas, mensalmente foram realizadas coletas diurno-noturnas utilizando uma rede de espera adaptada (1 mm nas laterais e 500μm no centro) para coleta de larvas e jovens em canais de maré. Os parâmetros temperatura, salinidade e oxigênio dissolvido na água foram aferidos durante as amostragens. Após um ano de coletas foram amostrados 11.457 larvas e 8.216 jovens de peixes. No ictioplâncton foram identificadas 27 famílias, destacandose Atherinopsidae, Gerreidae e Gobiidae como as famílias mais abundantes. Algumas famílias esporádicas constituídas por peixes marinhos como Triglidae, Pomacentridae e Lutjanidae estiveram presentes. A abundância das larvas não diferiu entre os períodos diurno e noturno, sazonalmente, porém, muitas delas foram contínuas ao longo do ano, como Atherinopsidae ou exibiram um padrão geralmente relacionado à época de desova, tal como os Centropomidae. O estágio de pós-flexão foi dominante entre as larvas representando o momento em que muitas espécies marinhas estuarino-dependentes migram para estes habitats Foram identificadas 39 espécies de peixes juvenis sendo Lile piquitinga, Lycengraulis grossidens, Ctenogobius boleosoma, Atherinella brasiliensis, Ulaema lefroyi e Poecilia vivipara as mais abundantes. Apenas P. vivípara exibiu uma abundância significativamente maior em um dos períodos estudados, predominando durante o dia. A associação entre as espécies demonstrou uma segregação temporal e espacial no uso do habitat, o que favorece o desenvolvimento dos peixes em fases iniciais através da redução da competição. A partir da elevada abundância e freqüência temporal de peixes capturados no presente estudo, tanto na fase larval como juvenil, ressalta-se a importância desses ambientes na manutenção da ictiofauna estuarina e da zona costeira adjacente