Esse livro é meu professor! : o livro didático na alfabetização de jovens e adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: SANTOS, Priscila Angelina Silva da Costa
Orientador(a): FERREIRA, Andréa Tereza Brito
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3773
Resumo: Em um período em que alfabetização relacionava-se com codificação e decodificação , as cartilhas foram as principais responsáveis pela alfabetização de crianças, jovens e adultos. Mas, novas concepções foram desenvolvidas e a alfabetização passou a contar com novos livros didáticos, livros que precisaram se adequar às novas orientações acadêmicas, ou seja, contemplar a diversidade de gêneros textuais, sem deixar de lado o estudo sistemático do sistema de escrita alfabética (SEA). Desse modo, buscamos analisar livros didáticos de língua portuguesa utilizados na alfabetização de jovens e adultos, como também entender o que pensam alunos, inseridos no Programa Brasil Alfabetizado de dois municípios do Estado de Pernambuco, Recife e Pedra, a respeito do livro de alfabetização que usam e das antigas cartilhas que já utilizaram em outras épocas. Para isso, analisamos duas cartilhas, Método ABC e Cartilha ABC para adultos e livros didáticos utilizados por cada município, Construindo a Cidadania , utilizado em Pedra, e Alfabetiza Brasil , adotado em Recife. Procuramos compreender como se organiza cada material, o que prioriza. Como são os textos dos livros didáticos, as atividades de compreensão textual e apropriação do SEA e as de produção de texto. Entrevistamos também alguns alunos que compõem as referidas salas de alfabetização de adultos, a fim de perceber o que eles acham do atual LD e da cartilha, e como os avaliam. Nos resultados, percebemos que a cartilha apresenta-se como um material de leitura, com lições que deveriam ser memorizadas. Enquanto os livros atuais encontram-se de acordo com as novas perspectivas de alfabetização, apresentando uma diversidade de textos e de atividades de compreensão. Contudo, as questões referentes à apropriação do sistema de escrita encontram-se reduzidas se relacionadas às outras atividades. Há, portanto, um desequilíbrio entre as propostas dos referidos livros, que tendem a priorizar o letramento, em detrimento das atividades que, efetivamente, possibilitam a reflexão do SEA. Vimos que os alunos consideram as cartilhas materiais introdutórios, necessários para se iniciar na alfabetização. Já o novo LD, segundo eles, é um bom material, mais avançado que lhes possibilita significativos aprendizados. Percebemos, ainda, que o atual LD exerce um importante papel na vida dos alunos, responsável, de certo modo, como podemos evidenciar nos diálogos estabelecidos com eles, por amenizar a condição de analfabeto em que eles se encontram, ou seja, por validar a inserção no meio letrado