Educomunicação na escola, faz sentido? Projetos educomunicativos em uma escola de referência em ensino médio a partir do que falam os estudantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: CORNÉLIO, Camila Gallindo
Orientador(a): ALMEIDA, Cristiane Maria Galdino de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/22199
Resumo: Esta dissertação tem por objeto os projetos educomunicativos pensados, planejados e executados na Escola de Referência em Ensino Médio Berimbau (EREMB), localizada na Região Metropolitana do Recife. Nessa direção, orientou-se pelo objetivo geral de analisá-los com base nos sentidos que os discentes lhes atribuem. Especificamente, visou: (a) analisar a relação das culturas juvenis com os projetos educomunicativos a partir da fala dos alunos; (b) verificar como os estudantes entendem o sentido de sua participação nos projetos educomunicativos; e (c) discutir como os projetos educomunicativos interferem na percepção dos discentes acerca da escola e de seu processo de escolarização. A pesquisa se pautou pelo pressuposto de que esses projetos dialogam com as culturas juvenis, criando espaços na EREMB que fazem mais sentido para os estudantes, reconhecendo-os como sujeitos integrantes e ativos das dinâmicas educacionais e protagonistas da construção do conhecimento. Tal pressuposto se associa com as discussões da Educomunicação (SOARES, 2011, 2014; MARTÍN-BARBERO, 2011, 2014; CITELLI, 2011; KAPLÚN, 2011, 2014; OROZCO-GÓMEZ, 2011), harmoniza-se com a ideia de práxis pedagógica apresentada por Souza (2012), sendo perpassado por reflexões acerca da escola de tempo integral (CAVALIERI, 2002, 2007, 2009), tal qual se configura a EREMB, e pelo conceito de juventudes (CASSAB, 2009, 2012; ABRAMO, 2007; PAIS, 1990). Quanto à metodologia, adotou-se uma abordagem qualitativa através da realização de entrevistas semiestruturadas com os professores responsáveis pelos projetos e com a gestão, a aplicação de questionários com os estudantes e, com eles, também a formação de dois grupos focais. Como procedimento de interpretação dos dados coletados foi utilizada a Análise de Conteúdo (AC) através da qual se chega às categorias da obrigação, instrumentalização, identificação e produção, que são atravessadas de forma múltipla e contraditória por distintos núcleos de sentido, por exemplo: conhecimento poderoso, identificação pela escola e sair do tédio e monotonia da sala de aula. Finalmente, a análise aponta que o pressuposto do qual parte a pesquisa, relacionado com a criação de espaços na escola que façam sentido para os estudantes, não se sustenta sozinho a partir da presença ou ausência das culturas juvenis, mas em articulação com outros elementos e questões.