Micronúcleos no prognóstico de efeitos colaterais em radioterapia de câncer de cabeça e pescoço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: XAVIER, Amanda Iumatti Santos Firmo
Orientador(a): AMARAL, Ademir de Jesus
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39704
Resumo: O câncer de cabeça e pescoço (CCP) é o sexto tipo de câncer mais comum no mundo, segundo o Global Cancer Observatory. Na fase inicial desta doença, a radioterapia (RT) é uma das principais opções de tratamento. No entanto, apesar da RT ser considerada menos agressiva, quando comparado às outras modalidades de tratamento, os pacientes irradiados apresentam efeitos colaterais cujas intensidades variam em função da radiossensibilidade individual. Alguns dos efeitos colaterais comuns da RT de CCP são: radiodermite, disfonia, disfagia e odinofagia. Neste contexto, a existência de testes pré-tratamento para caracterização da sensibilidade individual contribuiria para minimizar esses efeitos. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a viabilidade da utilização de ensaios biodosimétricos como testes de radiossensibilidade de pacientes com CCP, submetidos à RT, preditivos de intensidades de efeitos colaterais. Para tanto, foram estudados 09 pacientes diagnosticados com CCP em estádios iniciais. De cada voluntário, foram coletadas amostras de sangue periférico que foram divididas em 3 alíquotas: uma amostra controle (não irradiada), enquanto as demais foram separadamente irradiadas com 2,5 Gy e 6 Gy. Em seguida, foi empregada a metodologia atualmente recomendada pela Agência Internacional de Energia Atômica para a quantificação de micronúcleos (MN) e de Aberrações Cromossômicas (AC), ambas em linfócitos de amostras de sangue periférico. Constatou-se que para a metodologia proposta para as aberrações cromossômicas não foram obtidos resultados satisfatórios. Para os ensaios de MN, com amostras não irradiadas ou aquelas irradiadas com 2,5 Gy, não foi obtida correlação entre a frequência de MN e os efeitos colaterais dos pacientes. Entretanto, para amostras irradiadas com 6 Gy, os dados indicaram haver uma correlação entre a frequência de MN e as pontuações atribuídas aos efeitos colaterais observados após uma dose acumulada de 40 Gy. Neste estudo, foi observado que pacientes que obtiveram uma frequência de MN > 1,00, para amostras expostas à dose de 6 Gy, apresentaram efeitos colaterais menores do que os pacientes com frequências < 1,00. Os resultados alcançados nesta pesquisa indicam a possibilidade de se utilizar ensaios de MN para avaliação preditiva da radiossensibilidade individual, contribuindo para a prevenção de efeitos colaterais e na qualidade de vida dos pacientes diagnosticados com CCP e indicados para RT.