Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Cecília de Souza, Diana |
Orientador(a): |
Jorge Moura de Castilho, Claudio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6908
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Resumo: |
Nos anos de 1990, intensificam-se os fluxos de transporte de passageiros realizados através de veículos de pequeno porte (kombis, vans, motocicletas) nas grandes e médias cidades brasileiras. Tal atividade suscitou polêmicas na sociedade diante das ambivalências entre o atendimento a uma demanda reprimida e os impactos gerados pela circulação dessas micro-unidades de transporte no espaço urbano. As análises empreendidas sobre a temática tenderam a abordá-la na escala do país ou da cidade, não privilegiando suas peculiaridades nos eixos urbanos. Emerge, assim, a necessidade de apreender o fenômeno em escala local, partindo do pressuposto de que a apropriação destes eixos se apresentava condicionada pelas especificidades dos fluxos de passageiros e pelos diferentes usos e ocupações que caracterizavam a dinâmica e o funcionamento desta atividade, cujos atores esboçavam suas territorialidades ao atuarem nas brechas do transporte coletivo convencional. Nesta assertiva, o transporte realizado por kombis e vans, no âmbito deste trabalho, é apreendido enquanto uma alternativa aos deslocamentos da população diante da crise do chamado transporte formal ou regulamentado e, em certa medida, uma alternativa de emprego face ao contexto de crise sócio-econômica. No anseio de apreender esta realidade, analisa-se as territorialidades flexíveis do transporte alternativo, através dos fluxos das kombis e vans entre a Avenida Caxangá e o bairro de Boa Viagem, áreas que se caracterizam como pólos de produção e atração de intensos fluxos de pessoas na cidade do Recife. A partir da observação direta, realizada através das viagens ao longo das rotas das kombis e vans, e das impressões colhidas acerca desta atividade na perspectiva de seus operadores e usuários, pôde-se apreender a forma como os atores do transporte alternativo (motoristas e cobradores) esboçavam suas territorialidades, estabelecendo estrategicamente suas rotas, sobrepondo-as, em parte, aos trajetos dos ônibus e condicionando-as aos fluxos de passageiros. Atuando segundo uma lógica de mercado, esses atores ofereciam atrativos aos usuários, sobretudo maior rapidez aos deslocamentos, visando a partir do desenvolvendo destas práticas garantir a permanência desta forma de transporte na cidade |