A infecção pelo vírus Zika causa alterações morfológicas testiculares e espermáticas em camundongos balb/C adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Anderson Arnaldo da
Orientador(a): ALVES, Luiz Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37857
Resumo: O vírus Zika, arbovírus pertencente à família Flaviviridae, pode ser transmitido através de vias não vetoriais, verticalmente, entre mãe e filho e através do sexo sem o uso de preservativos. Após essa descoberta a atenção passou a ser direcionada ao sistema reprodutor masculino, como um possível sítio de disseminação do vírus. Apesar da existência de pesquisas, essas não trazem informações detalhadas sobre a organização testicular de indivíduos infectados, discutindo sua repercussão funcional sobre a fertilidade do macho. Desta forma, este trabalho buscou evidenciar as alterações em nível celular e tecidual da infecção pelo vírus Zika no testículo de camundongos adultos. Para isso, camundongos de linhagem balb/C foram imunodeprimidos com dexametasona e infectados com o vírus, sendo submetidos a eutanásia em 7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias pós infecção, havendo um grupo controle para cada grupo de animais infectados (n=10/grupo). Após eutanásia, os testículos e epidídimos foram coletados e processados para a realização de análises histológicas, imunohistoquímicas, de estresse oxidativo e função espermática. Foi visto que o vírus Zika alterou parâmetros biométricos, como o peso corporal, além de ter causado alterações morfológicas na gônada e nos espermatozoides. Mudanças como alterações no volume e no número de alguns tipos celulares do compartimento intertubular foram observados, bem como alterações no volume dos túbulos seminíferos e de seus componentes e o surgimento de patologias tubulares. Alterações bioquímicas de estresse oxidativo também foram identificadas, corroborando com os resultados obtidos. Também foram observadas alterações morfofuncionais nos espermatozoides, que apresentaram defeitos em seus componentes e disfunção na rotação do flagelo, além de alteração na membrana plasmática. De modo geral, a infecção pelo vírus Zika, em animais imunodeprimidos com dexametasona, modificou a função espermática e a estrutura testicular, tendo seu agravo iniciado no 28º dia pós infecção e declínio ao 42º dia.