Efeitos da administração de cloridrato de metilfenidato (Ritalina®) sobre os testículos de camundongos Balb/c

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rodrigues, Grasielle Avelar Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27312
Resumo: Metilfenidato é um estimulante que atua no Sistema Nervoso Central, possuindo ações e estrutura semelhantes às anfetaminas. Foi usado inicialmente para tratar fadiga. Hoje é um medicamento muito conhecido no mercado para tratar Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Em indivíduos com TDAH, os neurotransmissores dopamina e noradrenalina apresentam-se deficitários em quantidade e funcionamento. Desse modo, o mecanismo de ação do metilfenidato consiste em bloquear os transportadores de dopamina e noradrenalina. Baseado nestes dados, o objetivo foi avaliar os efeitos de duas doses de metilfenidato, sobre os testículos de camundongos adultos, por meio de avaliações morfológicas, histométricas, hormonais e espermáticas. Vinte e quatro camundongos Balb/c foram divididos aleatoriamente em três grupos experimentais (n=8): Grupo 01: controle (água destilada); Grupo 02: cloridrato de metilfenidato na dosagem de 20mg/kg/dia (MFD20); Grupo 03: cloridrato de metilfenidato na dosagem de 40mg/kg/dia (MFD40). O tratamento com metilfenidato causou alteração do peso corporal que pode indicar efeitos tóxicos causados pelo uso prolongado do medicamento. O diâmetro do túbulo seminífero e o diâmetro do lume não sofreram alterações com o tratamento. Em relação ao percentual e volume dos componentes tubulares, houve aumento na porcentagem de túbulo e epitélio, porém os percentuais de lume e túnica própria diminuíram. Os volumes de túbulo, túnica própria e lume reduziram nos grupos tratados. Neste estudo não foram observadas alterações patológicas significativas, mantendo inalterada a microestrutura tecidual. Houve reduções nos percentuais de espaço linfático, tecido conjuntivo e macrófagos, com consequente redução no percentual de intertúbulo. O tratamento com metilfenidato durante a fase adulta diminuiu as concentrações plasmáticas da testosterona nos grupos tratados e comprometeu o processo espermatogênico levando à redução no número de espermátides e espermatozoides, na produção espermática e no tempo de trânsito espermático no epidídimo. Dessa forma, pudemos comprovar que o metilfenidato pode prejudicar a fertilidade masculina.