Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
FARIAS, Rodolfo Brilhante de |
Orientador(a): |
LIMA, Salvador Vilar Correia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50114
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Resumo: |
O objetivo do estudo é avaliar a correlação entre o tipo etiológico da estenose de uretra e os achados evidenciados no exame de uretrocistografia retrógrada e miccional (UCRM), além de estabelecer um perfil da doença na população estudada. Os materiais e métodos envolveram um estudo observacional transversal, em única instituição, incluindo 135 homens portadores de estenose de uretra. A etiologia da estenose de cada paciente foi determinada. Achados da UCRM como comprimento, número, localização e grau de obstrução do lumen uretral da estenose de uretra, bem como outros achados urológicos patológicos associados, também foram analisados. A correlação entre a etiologia e os achados da UCRM foi então analisada estatisticamente. Os resultados evidenciaram que a idade média dos pacientes foi 60.76 anos (±14.91). As etiologias mais frequentes foram iatrogênica (51.9%), idiopática (20.0%), inflamatória (15.6%) e traumática externa (12.6%). A etiologia traumática (iatrogênica mais traumática externa) foi mais frequente do que a não- traumática (idiopática mais inflamatória), 64.4% versus 35.6%. O subgrupo dos pacientes com mais de 45 anos de idade apresentou maiores percentuais de estenose de uretra independentemente da categoria de etiologia. Na análise comparativa entre as quatro categorias de etiologia, a faixa etária e a localização foram as duas variáveis com associação estatisticamente significativa (p = 0.001 e < 0.001, respectivamente). O segmento uretral peniano apresentou quase metade dos casos de estenose de etiologia inflamatória (47.6%). No segmento uretral membranoso, quase todos os casos de estenose foram de etiologia iatrogênica, representando 24.3% de todos os casos de etiologia iatrogênica do estudo. A análise estatística comparativa entre as categorias de etiologia traumática e não-traumática verificou que a localização e o comprimento foram as únicas variáveis com associação estatisticamente significativa (p < 0.001 e = 0.005, respectivamente). No segmento uretral peniano, a estenose de etiologia não-traumática foi a mais frequente (33.3% versus 11.5%). As estenoses evidenciadas foram apenas de etiologia traumática nos segmentos uretrais membranoso (20.7%) e prostático (6.9%). A estenose de etiologia não-traumática foi a mais longa. Em outra análise suplementar, associação estatisticamente significativa foi evidenciada entre a faixa etária e a causa específica da estenose de uretra (p < 0.001). A taxa de estenose de uretra idiopática foi maior nos pacientes com mais de 45 anos de idade (41.7% versus 15.3%). A prostatectomia foi a principal causa específica de estenose de uretra considerando todas as faixas etárias, representando 20.7% de todos os casos do estudo e 25.2% dos pacientes da faixa etária acima de 45 anos. A causa cateterização uretral foi mais frequente no subgrupo de pacientes com 45 anos ou menos de idade do que no subgrupo com mais de 45 anos (29.2% versus 6.3%). Um perfil mais grave da doença estenose de uretra foi evidenciado, com 83% dos casos causando obstrução em mais de 2/3 do lúmen uretral. Em conclusão, a etiologia e a faixa etária são importantes fatores de impacto na apresentação e evolução da estenose de uretra. O tipo de causa da estenose de uretra apresentou associação estatisticamente significativa com a faixa etária dos pacientes e, também com a localização e o comprimento da estenose no exame de UCRM. |