"Meu corpo é um templi, minha oração é a dança": Dimensões étnicas, rituais e míticas na companhia de dança 'Balé Teatro Castro Alves'
Ano de defesa: | 1999 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Antropologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17011 |
Resumo: | Este estudo teve como objetivo analisar os caminhos do imaginário na arte, em especial as relações entre o rito, o mito e a etnicidade na dança da Companhia BTCA, numa perspectiva estético-antropológica de compreensão da sociabilidade do grupo em questão. Para tanto, foi preciso observar as formas de convivência dos integrantes, as atividades cotidianas e extracotidianas, a preparação corporal e o estar em cena, bem como os fatores que dizem respeito aos seus anseios e conflitos culturais, corporais, espirituais. A etnicidade, no caso, fator fundamental na construção da ritualidade, foi analisada sob o ponto de vista dos significados para o grupo social, dos elementos étnicos gestuaissagrados e profanos das manifestações étnicas (especialmente afro-baianas), identificados nos produtos de criação e representação coreográficos. As formas de ritualidade existentes foram tratadas tanto em relação à atuação em cena- compreendida como um rito de passagem e, portanto, uma necessidade de construção de uma corporeidade coletiva-, quanto em relação ao conteúdo coreográfico (temas e gestos)- apresentado através de uma alquimia entre o local/étnico e o universal. A análise dos dados, feita a partir do conteúdo discursivo das danças- aulas, ensaios e espetáculos - observadas ao vivo e através de imagens de vídeo-, complementadas pelas entrevistas com os integrantes, permitiu ainda desenvolver uma discussão das dimensões míticas, nas quais o sagrado se manifesta. O confronto entre, de um lado, as categorias utilizadas nos discursos e nas imagens da dança dos sujeitos pesquisados e, de outro, as noções teóricas da antropologia do imaginário, da antropologia do corpo e da antropologia estética, revelou a existência de constantes antropológicas na socialidade do grupo. |