As práticas curriculares cotidianas: um estudo da educação nas relações étnico-raciais na Rede Municipal do Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: AMORIM, Roseane Maria de
Orientador(a): BATISTA NETO, José
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4159
Resumo: Esta pesquisa tem como objeto a educação das relações étnico-raciais nas práticas curriculares cotidianas em uma escola da Rede Municipal de Ensino do Recife. Sendo assim, esse trabalho se insere em um momento histórico em que os movimentos sociais, a sociedade de maneira geral e as políticas curriculares têm exigido da escola um redirecionamento das suas práticas. Por isso, buscamos compreender a educação das relações étnico-raciais nas práticas curriculares cotidianas em uma escola da Rede Municipal do Recife. Assim, o currículo, entendido como o coração de todo trabalho educativo, é elemento fundante na construção de identidades e da formação de pessoas solidárias capazes de viver com as diferenças. O estudo se insere no campo dos Estudos Culturais e do pós-estruturalismo devido à centralidade da cultura no mundo contemporâneo e do objeto da nossa pesquisa. Como campo empírico, realizamos um estudo em uma escola da Rede Municipal do Recife na qual fizemos observação do cotidiano escolar, entrevistamos professores(as), os e as estudantes do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, além de assessores da Secretaria de Educação. Buscamos também analisar as políticas curriculares em âmbito Federal e Municipal traduzidas na Lei nº 10.639/2003, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e a Cultura Afro-Brasileira, nas propostas curriculares da Rede Municipal do Recife de 1996 e 2002, além de outros documentos elaborados após esse período. Os resultados encontrados apontam que essas discussões têm entrado paulatinamente tanto nas propostas como nas práticas curriculares. No cotidiano escolar, vivenciamos momentos em que tais questões foram objeto de debate e reflexão e em outros, silenciadas, passando imperceptíveis. Dessa forma, o currículo entendido como artefato e território contestado se contrapõe a uma concepção meramente técnica