Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Henrique Seidel, Roberto |
Orientador(a): |
Gerhard Mike Walter, Roland |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7682
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Resumo: |
O presente trabalho trata das interfaces entre estudos literários e estudos culturais no estágio atual de discussões acadêmicas na área de Teoria da Literatura, a partir do ponto de vista da América Latina, mediante análise textos oriundos de diversas tradições. Apesar de dar conta preponderantemente de textos narrativos no formato livro , não deixa de contemplar textos mais caracteristicamente culturais, tais como canções em CD, poemas ditos marginais , bem como textos da tradição oral. Dessa forma, o trabalho questiona categorias epistemológicas da tradição filosófica ocidental como, p. ex., a noção de identidade e diferença na linguagem mesma, grafocentrismo, representação, territorialidade , contrastando-as com outras categorias colocadas em evidência nas discussões em torno dos estudos culturais como, p. ex., identidade e diferença cultural, limite e fronteira simbólica, hibridismo, antropofagia, entre-lugar. Ao constatar que o texto literário-cultural está cada vez mais a serviço de estratégias político-discursivas, seja no interior do contexto em que ele surge e é primeiramente significado, seja no interior de contextos alienígenas, aos quais chegou por intermédio dos processos de desterritorialização e reterritorialização patentes do estágio atual de interconexão informacional em nível global, seja ainda a serviço de poderes hegemônicos locais, nacionais ou globais, o trabalho defende a tese de que o texto literário-cultural serve como elo de ligação entre as singularidades de grupos culturais intrinsecamente diferentes entre si ao encenar e figurativizar contradições e tensões sócio-culturais. Para tanto a argumentação lança mão do tropos da ponte sobre o abismo das alogeneidades: o texto como articulação sígnico-cultural capaz de dar passagem ao ser por sobre conflitos e tensões presentes no mundo da vida das culturas humanas. Todo o esforço epistemológicoargumentativo se orienta para essa premissa, acreditando assim inscrever a prática hermenêutico-crítica do texto literário-cultural como forma válida para a contribuição por um mundo em que as diferenças estejam democraticamente em diálogo umas com as outras, inter e intraculturalmente, local e globalmente |