Juventudes, formação humana e escola pública: uma análise dos sentidos da integralidade no programa de educação integral de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: ARAÚJO, Luiza Cristina Pereira de
Orientador(a): FREITAS, Alexandre Simão de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18048
Resumo: O presente estudo problematiza a formação humana na escola pública brasileira, analisando os sentidos da integralidade nos parâmetros normativos e pedagógicos do Programa de Educação Integral do Estado de Pernambuco. Consideramos que o referido programa materializa, em âmbito local, algumas diretrizes centrais das atuais políticas de Educação Integral em nosso País, através da articulação do binômio Juventude-Ensino Médio. Inicialmente, analisamos o modo como a juventude vem sendo tematizada, uma vez que é em torno da questão dos jovens que a noção de integralidade é retomada no campo das políticas públicas. Em seguida, interrogamos em que medida a atualização do tema da integralidade nos processos de formação dos jovens incorpora efetivamente uma perspectiva multidimensional do ser humano que, em nossa compreensão, é uma condição fundamental para a implantação de ações integrais na escola. Por fim, analisamos o referencial normativo e pedagógico de três programas governamentais que tomam a integralidade como eixo das intervenções educativas voltadas para os jovens, seguindo os procedimentos da análise de conteúdos/ temática. Contudo, nossa investigação focalizou principalmente o Programa de Educação Integral do Estado de Pernambuco, explicitando sua situação de produção e suas intencionalidades formativas, bem como delimitando três eixos de tematização: concepções de juventude, concepções de integralidade e concepções de formação humana. A discussão dos resultados foi complementada com dados oriundos de entrevistas realizadas com os gestores do Programa de Educação Integral do Estado de Pernambuco. Em nossas considerações finais, situamos as principais questões apontadas pelo estudo, refletindo em que medida as propostas formativas atuais, endereçadas aos jovens, e orientadas pela noção reguladora de integralidade, de fato, conseguem avançar na formulação de concepções mais alargadas dos sujeitos jovens e no seu processo de formação humana.