O estresse oxidativo renal modula a atividade do transporte tubular de Na+ dependente de ATP em um modelo de injúria renal induzido pelo Paraquat

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: CIRILO, Marry Aneyts de Santana
Orientador(a): VIEIRA FILHO, Lêucio Duarte
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38403
Resumo: A lesão renal aguda (LRA) é uma ocorrência clínica causada por perda abrupta da função renal, caracterizada por acúmulo de resíduos metabólicos e pelo comprometimento da homeostasia hidroeletrolítica. A exposição ao paraquat (1,1'-dimetil-4,4'-bipiridil dicloreto) é uma situação que pode induzir o surgimento de LRA. Embora os danos renais dependam da produção de espécies reativas do oxigênio (ROS), as consequências da exposição ao paraquat não estão totalmente elucidadas. Este estudo avaliou se a LRA induzida por paraquat está relacionada a alterações do transporte de Na+ dependente de ATP e do sistema renina-angiotensina renal, bem como se esses efeitos são dependentes da produção de ROS. Ratos Wistar adultos (300–400 g) foram submetidos à administração intraperitoneal em dose única de paraquat (20 mg/kg, n=15) ou NaCl 0,9% (grupo controle, 1 ml/kg; n=8). Parte do grupo tratado com paraquat recebeu a administração de tempol (10 mg/kg, na água de beber, n=7) durante 7 dias consecutivos antes da administração do paraquat. Nas 24 horas de exposição ao paraquat, observou-se perda de massa corporal e uma pronunciada elevação do fluxo urinário, bem como elevação dos níveis de creatinina sérica. No córtex renal, a exposição ao paraquat induziu aumento da produção de ânion superóxido, da atividade da NADPH oxidase e da atividade da (Na++K+)ATPase, além do aumento do conteúdo do receptor do tipo 1 da angiotensina II. Na medula renal, o paraquat também aumentou o nível de ânions superóxido e a atividade da NADPH oxidase, mas inibiu a atividade do transportador (Na++K+)ATPase. Essas alterações induzidas pelo paraquat, com exceção da elevação da creatinina sérica, foram prevenidas pelo tratamento com tempol. Em conclusão, a exposição ao paraquat leva a uma perda de liquido por via urinária importante que pode ser consequência de reabsorção de Na+ prejudicada induzida por ROS, sendo um fator de risco para o colapso vascular e morte prematura. Além disso, o paraquat provoca maior estímulo ao transporte de Na+ dependente de ATP cortical e aumento da expressão de componentes pró-hipertensivos do sistema renina-angiotensina que agiriam como mecanismo compensatório agudo, porém poderiam posteriormente exacerbar a lesão renal.