A influência da maré na distribuição vertical da nematofauna em dois diferentes microhabitats de uma praia arenosa temperada
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
UFPE
Brasil Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13898 |
Resumo: | As Praias arenosas são ecossistemas dinâmicos estruturados por uma série de fatores físicos, tais como, as ondas e as marés. Dentre esses fatores, as marés são um componente extremamente importante em praias de macromarés, uma vez que elas são, diretamente, responsáveis pela sua morfodinâmica, formando, em alguns casos, microhabitats, como bancos de areia e canais de maré na face da praia. Para avaliar a influência das marés no padrão de distribuição da nematofauna nesses dois microhabitats (banco de areia e canal de maré), uma praia arenosa sob o regime de macromarés e ultradissipativa foi estudada. As amostras de sedimento para estudo da nematofauna e das variáveis ambientais (granulometria, matéria orgânica, clorofila α e água intersticial) foram coletadas de forma aleatória, em ambos os microhabitats localizados no médio litoral da praia, usando um corer de 3.6 cm de diâmetro interno e 10 cm de altura (correspondendo a 10 cm² de área amostral) durante quatro diferentes momentos de maré durante o dia, correspondendo a dois períodos de maré alta (S1 e S2) e de maré baixa (E1 e E2). Para análise da distribuição vertical, o sedimento foi subdividido em seções de 1 cm até a profundidade final de 10 cm, análises multivariadas permutacionais foram aplicadas para avaliar a ocorrência de diferenças significativas entre as camadas de sedimento nos diferentes estágios de maré dos dois microhabitats estudados. Tanto no banco de areia quanto no canal de maré as comunidades de nematódeos foram significativamente diferentes, embora em ambos Daptonema normandicum tenha sido a espécie dominante. No caso da distribuição vertical, os nematódeos se distribuem de forma dissimilar ao longo do ciclo de maré, em ambos os microhabitats: no banco de areia, os nematódeos migraram para cima durante o período de maré baixa, movimento esse que foi regido principalmente por indivíduos de Oncholaimellus calvadosicus, provavelmente, na busca por recursos alimentares. No canal de maré, uma migração para baixo pode ser observada nas camadas mais profundas do sedimento (5-10 cm) durante os períodos de maré baixa, migração essa que foi governada por indivíduos de Metadesmolaimus sp.1, Promonhystera faber e Theristus sp.2, provavelmente em busca de alimento. Baseado nestes resultados, conclui-se que a maré pode influenciar a distribuição vertical da meiofauna de forma distinta nos dois microhabitats, e que isso pode ser atribuído as diferenças hidrodinâmicas dos locais estudados. |