Avaliação dos efeitos do micofenolato de mofetila e da apocinina na lesão renal aguda induzida por isquemia e reperfusão em ratos Wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: ALBUQUERQUE, Jéssica Santos Schirato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43422
Resumo: A isquemia/reperfusão (IR) renal está associada a lesão renal aguda (LRA) e ao aumento da susceptibilidade do paciente ao desenvolvimento de doença renal crônica e hipertensão. A reabsorção de Na+ e água é prejudicada devido à danos nas células epiteliais dos túbulos renais e o estresse oxidativo e o sistema imune podem estar envolvidos no mecanismo de lesão. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi investigar o impacto do tratamento com imunossupressor micofenolato de mofetila (MMF) e com apocinina no surgimento das alterações do transporte de Na+ no túbulo proximal observadas na lesão renal aguda induzida por IR em ratos. Aprovação pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da UFPE: no 0061/2018. Ratos machos Wistar (280-300 g, n=24) foram submetidos à LRA induzida por IR renal bilateral (grupo IR). Previamente a indução da LRA (24 horas), parte desses animais (n=8) recebeu tratamento em dose única do imunossupressor micofenolato de mofetila (MMF; 30 mg/kg, via oral; grupo IRM), enquanto que outra parte recebeu tratamento com o inibidor da NADPH oxidase apocinina (Apo; 100 mg/kg, via oral; grupo IRA). O grupo sham foi submetido a um procedimento mimético da IR. Após 24 horas de reperfusão, os animais foram submetidos a avaliação dos níveis séricos de creatinina e ureia, níveis séricos de nitrato/nitrito, e proteinúria. Além disso foi avaliada a atividade da Na++K+-ATPase, atividade da Na+-ATPase, atividade da NADPH oxidase e produção de ânion superóxido no córtex renal e expressão renal do RNAm de componentes do sistema renina-angiotensina. O grupo IR apresentou elevação de 700% (P<0,001) dos níveis séricos de creatinina, elevação de 200% (P<0,001) da proteinúria e diminuição de 70% (P<0,01) dos níveis séricos de nitrato/nitrito em comparação com o Sham. Os grupos IRA e IRM apresentaram níveis séricos de creatinina e proteinúria menores do que o grupo IR (70%, P<0,001 e 40%, P<0,001, respectivamente). A IR também promoveu elevação dos níveis de superóxido, da atividade da NADPH oxidase e da Na++K+-ATPase no córtex renal, bem como diminuiu a atividade da Na+-ATPase. Adicionalmente, os ratos submetidos a IR apresentaram aumento (100-200%, P<0,05) da expressão do RNAm do angiotensinogênio, da isoforma 1 enzima conversora de angiotensina (ECA1) e do receptor AT1a, bem como diminuição de mais de 50% (P<0,05) da isoforma 2 da ECA (ECA2). As alterações na atividade das ATPases e na expressão do RNAm dos componentes do SRA foram prevenidas por ambos tratamentos. Dessa forma, concluímos que a IR renal induz alterações no transporte de Na+ dependente de ATP e ativação do SRA através de mecanismos que envolvem ativação da NADPH oxidase e que são sensíveis ao imunossupressor MMF.