Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Elisabete Simões de Sousa, Ana |
Orientador(a): |
Ramos Lacerda de Melo, Heloísa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7346
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Resumo: |
A radiação ultravioleta é capaz de modificar a resposta imunológica cutânea nos animais e no homem e, desta forma, interferir no comportamento das infecções e neoplasias. Seus efeitos imunológicos se apresentam de maneira desigual nos indivíduos e, dentre os fatores genéticos que parecem determinar esta desigualdade, cita-se o fenótipo de UVB-suscetibilidade. O dinitroclorobenzeno é um potente agente sensibilizante de contato que estimula a imunidade celular quando aplicado à pele. Como a radiação ultravioleta altera a resposta imunológica cutânea ao dinitroclorobenzeno, este agente vem sendo usado para investigar os mecanismos de ação da radiação solar no sistema imune cutâneo. Um estudo do tipo caso-controle foi realizado para determinar a frequência de UVB-suscetibilidade na população do estudo e tentar estabelecer uma associação com infecção pelo HIV e parâmetros laboratoriais de imunidade nestes indivíduos. Foram selecionados 50 casos e 50 controles de acordo com a sorologia para o HIV, atendidos nos ambulatórios do Hospital das Clínicas, no período de março de 2002 a janeiro de 2003. Os pacientes foram submetidos à irradiação ultravioleta B na pele para determinação da dose eritematosa mínima. No local da pele irradiado foi aplicado o dinitroclorobenzeno a 2% para provocar uma sensibilização. Após 3 semanas foi aplicado o dinitroclorobenzeno a 0.05% para obtenção do fenótipo de UVB-suscetibilidade. Os pacientes que apresentaram reação positiva a este antígeno foram considerados UVBresistentes e aqueles que não apresentaram tal reação foram considerados UVB-suscetíveis. A UVB-suscetibilidade foi significativamente maior no grupo de pacientes infectados pelo HIV (x2 = 9.24 e p = 0.002), estando presente em 70% dos casos e 40% dos controles. Dentre os casos, observou-se que os indivíduos com AIDS tinham maiores índices de UVB-suscetibilidade (71.4%) (x2 = 14.27 e p = 0.000 ). Este estudo concluiu que nos indivíduos infectados pelo HIV os índices de UVBsuscetibilidade foram maiores que no grupo controle, com significância estatística. Dentre os soropositivos, a UVB-suscetibilidade foi mais prevalente nos pacientes com AIDS. Sugere-se, então, que a UVB-suscetibilidade pode-se constituir em um fator de risco para o desenvolvimento de formas mais graves da doença em indivíduos infectados por este vírus |