Arqueologia da alimentação : análise de isótopos estáveis para a identificação da dieta dos antigos moradores do Engenho Jaguaribe, litoral norte de Pernambuco, séculos XVI-XIX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SILVA, Vanessa Rodrigues da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Arqueologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55608
Resumo: O estudo da alimentação possibilita diferentes enfoques e permite cada vez mais o encontro de diversas áreas de conhecimento. Na arqueologia, investigamos hábitos alimentares para reconstruir a história cultural dos povos antigos, uma vez que a comida está intrinsicamente ligada às práticas culturais de uma sociedade. O objetivo desta pesquisa é identificar os padrões alimentares dos antigos moradores do Engenho Jaguaribe, localizado no litoral norte do estado de Pernambuco. Partindo do pressuposto que durante o período de funcionamento do Engenho, entre os séculos XVI e XIX, os seus habitantes tinham acesso a alimentos de origem marinha e a uma variedade de alimentos frescos, devido à proximidade do Engenho com a área estuarina do Rio Timbó. Trata-se de uma área rica em recursos naturais. Para conduzir o estudo, além de uma extensa revisão bibliográfica de documentos históricos relacionados à área e à temática, realizamos as análises de isótopos estáveis de carbono e nitrogênio em dez indivíduos sepultados no Engenho Jaguaribe. Destes, dois foram submetidos à análise de microresíduos de cálculos dentários e nove a análise isotópica do colágeno das costelas. Os resultados obtidos e apresentados sugerem a ingestão de alimentos com plantas que apontam padrões fotossintéticos C3 (soja, feijão, leguminosas) e C4 (cana de açúcar, milho). A análise isotópica do nitrogênio evidencia o consumo de alimentos de origem marinha. Tais resultados viabilizaram a compreensão e identificação da base alimentar e sua influência na formação de hábitos alimentares que podem ter sido vigentes em outros engenhos pernambucanos.