Atividade citotóxica, genotóxica e mutagênica dos extratos orgânicos de dictyota mertensii (martius) kuetzing (heterokontophyta-phaeophyceae) do litoral de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: CONCEIÇÃO, Cristiane Maria da
Orientador(a): FALCÃO, Emerson Peter da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude Humana e Meio Ambiente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38956
Resumo: Dictyota é um gênero de alga parda, que apresenta metabolitos secundários com atividades biológicas importantes do ponto de vista biotecnológico, nesse contexto esse trabalho teve por objetivo avaliar a ação citotóxica, genotóxica, mutagênica e antioxidante dos extratos etéreo, clorofórmico e acetônico, de Dictyota mertensii coletada em três praias do litoral de Pernambuco, Cupe, Itapuama e Pontas de Pedras. A análise com CG apresentou um padrão distinto de picos, para os três extratos analisados. A praia do Cupe mostrou um padrão mais complexo com 22 picos em relação a Itapuama que apresentou sete picos, já Pontas de Pedra apresentou apenas três picos. A análise do padrão de fragmentação dos espectros de massas dos compostos levou a identificação do fenol,4,6-di(1,1-dimetilletil)-2- metil, sendo este o produto comum as três amostras, e também o produto majoritário no extrato etéreo de Pontas de Pedras. Para o teste citotóxico, por apresentar um melhor rendimento, foi utilizado o extrato etéreo das três praias em linhagens de células tumorais humanas, NCI-H292 (carcinoma mucoepidermóide de pulmão humano), HCT-116 (adenocarcinoma colorretal humano) e MCF-7 (câncer de mama humano). O ensaio cometa foi escolhido para verificar-se a eventual ação genotóxica, foram utilizadas larvas de Drosophila melanogaster, linhagem Oregon-R. As larvas foram expostas por 24 horas ao extrato etéreo, nas concentrações 0,64, 1,28, 2,56, 5,12 e 10,24 mg/mL, e aos solventes Etanol e Tween 80 (grupo controle negativo). O teste SMART foi o escolhido para se avaliar eventual atividade mutagênica. Sendo utilizadas linhagens de flr e mwh de D. melanogaster. As larvas foram expostas aos extratos nas concentrações acima descritas, a toxicidade foi avaliada e construída uma curva de sobrevivência para os extratos avaliados. As manchas e pelos mutantes das asas dos indivíduos adultos tratados foram analisadas em microscópio óptico e comparados aos resultados do grupo controle negativo. A atividade antioxidante pelo ensaio do 2,2- difenil-1-picril-hidrazil (DPPH) avaliou a ação dos três extratos das três praias, usando ácido gálico, quercetina e hidroxitolueno butilado (BHT). Os extratos de Cupe e Ponta de pedras apresentaram ação citotóxica estatisticamente significante, a concentração de 50µg/mL. Sendo observadas inibições de 91% na linhagem NCI e 100% nas linhagens HCT e MCF e de 100% em HCT e 68,7% frente a MFC, respectivamente para as duas praias, Itapuama não apresentou resultado estatisticamente significante. O teste Genotóxico mostrou que em 80% dos nucleóides o dano foi classificado como zero, numa escala que vai de 0 a 4. Quando comparado ao controle negativo, o composto apresentou danos menores. De modo que os extratos etéreos de ambas as praias não apresentam efeito genotóxico, dentro dos parâmetros experimentais usados. Os resultados dos ensaios antioxidantes mostraram, para os quatro extratos avaliados, ação superior ao ácido gálico, quercetina e BHT, com destaque para o extrato etéreo de Pontas de Pedras, que apresentou 118% de atividade e Cupe com 85%, Itapuama teve média de 73% de captura de radicais livres nos três extratos.