Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Maria de Melo Machado, Katia |
Orientador(a): |
da Silva Diniz, Alcides |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8632
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Resumo: |
O sulfato ferroso (SF) representa o tratamento de eleição para um dos problemas de maior magnitude e importância em saúde pública do mundo, a deficiência de ferro e a anemia ferropriva. No entanto, a baixa adesão ao tratamento devido aos efeitos colaterais deste mineral limitando sua efetividade, representa um grande desafio ainda a ser superado no controle desta doença carencial. Objetivou-se conhecer o grau de adesão e associações ao uso do SF, efeitos colaterais, perfil e motivos do abandono ao seu tratamento aplicado em diferentes posologias entre mulheres. Realizou-se um ensaio populacional, randomizado, duplo cego e controlado por placebo em 727 mulheres nãográvidas de 20 a 49 anos, durante oito semanas, em ambulatório de ginecologia da UPE entre outubro/05 a outubro/06, recrutadas por amostra probabilística sistemática e alocadas aleatoriamente em oito grupos com tomadas diárias de 300mg de SF ou duas vezes por semana e durante (DR) ou no intervalo das refeições (IR). O uso dos comprimidos foi registrado mediante questionário aplicado semanalmente por telefone. Encontrou-se regular adesão (74,2%) ao uso do SF e não houve associações significativas entre adesão ao SF e as variáveis estudadas. O uso diário de comprimidos (SF/placebo) comparado com o semanal, independentemente do horário, diminuiu significativamente a adesão (p<0,001). A presença do SF nos comprimidos reduziu significativamente a adesão quando comparado com placebo, independentemente da posologia (p<0,001). Encontrou-se menor adesão no uso diário do SF, comparado com o semanal, independentemente do horário das tomadas (p<0,001), contudo tomar SF no intervalo ou durante a refeição não interferiu com a adesão da mulher no estudo (p=0,930). O abandono do experimento ocorreu em 102 mulheres (15,9%) principalmente por efeitos colaterais e quase 84,0%, pertenciam aos grupos de SF (p<0,001). Diarréia (55,5%), náusea (22,5%) e constipação (19,6%) motivaram os abandonos em todos os grupos. O uso do SF diariamente no IR foi quem provocou maisabandono no experimento (40,0%). Diarréia foi mais freqüente com o uso do SF na refeição e a constipação, no intervalo desta (p<0,001). Registraram-se 8,2% relatos de queixas nos telefonemas (principalmente mal estar e diarréia) sendo 85,7% para o grupo de SF. O uso do SF interferiu positivamente na presença de queixas quando comparado com placebo, p<0,05. Nos grupos de uso apenas de SF, 72,6% das queixas pertenciam ao uso diário quando comparadas com o semanal, com diferenças estatisticamente significantes (p<0,001). Náusea e diarréia foram as únicas queixas que apresentaram diferenças estatisticamente significantes quando comparadas com o horário da tomada, sendo náusea no intervalo e diarréia durante a refeição. Conclui-se que o uso diário do SF apresentou mais relatos de queixas, efeitos colaterais e abandono ao tratamento do que o semanal e que diarréia foi uma variável que esteve presente em todas as formas de uso do SF. Recomenda-se, como uma possibilidade posológica, o uso semanal do SF independentemente do horário da aplicação, como modalidade de melhor adesão |