Estudo da associação de óleo essencial e levodopa como uma alternativa para o tratamento da doença de Parkinson utilizando zebrafish (Danio rerio) como modelo animal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Renatta Priscilla Ferreira
Orientador(a): CADENA, Pabyton Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55560
Resumo: A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum entre pessoas idosas, causa uma perda das funções motoras, fisiológicas e cognitivas. A rotenona (ROT), é uma molécula orgânica que em excesso degenera neurônios dopaminérgicos induzindo sua morte e deformando corpúsculos de Lewy. Esse pesticida é um protótipo de toxina exógena capaz de induzir atributos clínicos de Parkinson-like em modelo animal. Convencionalmente a levodopa (L-DOPA) é utilizada para o do Parkinson, mas, o uso a longo prazo causa efeitos adversos. Diante disso, buscam-se alternativas terapêuticas para o tratamento através da introdução de bioprodutos de origem vegetal. Logo, nosso estudo avaliou a associação de Piper nigrum (PN) e L-DOPA como uma alternativa para o tratamento do Parkinson-like em modelo experimental de embriões de Danio rerio. A manutenção dos animais, obtenção dos ovos e experimentos foram realizados no Laboratório de Ecofisiologia e Comportamento Animal da Universidade Federal Rural de Pernambuco e aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais. Utilizamos 16 grupos experimentais (5 repetições x 15 animais por pote): grupo controle de DMSO (0,1%); ROT (11,250 μg/L); L-DOPA + ROT (diferentes concentrações de L-DOPA: 0,125; 0,250; 0,500 e 0,750 mM); PN + ROT (diferentes concentrações de PN: 1,250; 2,500; 5,000 e 7,500 μg/mL); L-DOPA + PN + ROT (diferentes concentrações de L-DOPA + PN: 0,250 M + 2,500 μg/mL e 0,500 M + 5,000 μg/mL) e grupos L-DOPA e PN (1,000 mM e 10,000 μg/mL) de forma isolada durante 2 até 144 horas pós-fertilização (hpf). Avaliamos: taxa de eclosão, efeitos teratogênicos, mortalidade, sobrevivência, testes comportamentais e morfometria. Os resultados mostraram que ROT é tóxica, os animais expostos apresentaram atraso na eclosão, efeitos teratogênicos e comportamentais. L-DOPA não é tóxica, porém, apenas em maiores concentrações conseguiu proteger parcialmente os animais contra a ação da ROT. PN em baixas concentrações protegeu os animais contra ROT, entretanto, em maiores concentrações mostrou-se tóxica e provocou atraso na eclosão, efeitos teratogênicos e mortalidade dos animais. L-DOPA e PN isolados não foram tóxicos em nenhum dos parâmetros avaliados, mas, os animais expostos ao grupo contendo a mistura das três substâncias não apresentou eclosão indicando que a mistura entre L-DOPA e PN pode exercer toxicidade. Isso nos direciona a testar outros compostos que reduzam a toxicidade de ROT reduzindo os sintomas de Parkinson-like e nos dá a oportunidade de identificar novas estratégias terapêuticas ou de prevenção para DP.